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Fed prevê demora na recuperação da economia e nos empregos

Segundo Bernanke, os indicadores recentes representam um revés para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, antes das eleições presidenciais de novembro

O presidente do Fed, Ben Bernanke: Bernanke comentou ainda sobre o escândalo das manipulações da taxa interbancária Libor, classificando-o como "muito preocupante" (©AFP/Getty Images / Chip Somodevilla)
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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2012 às 14h21.

Washington - O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, disse nesta terça-feira em discurso no Congresso norte-americano que os dados sobre a economia do país têm sido decepcionantes e que a redução do número de desempregados e a recuperação da economia devem ser frustrantemente lentas.

Segundo Bernanke, os indicadores recentes representam um revés para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, antes das eleições presidenciais de novembro.

O presidente do Fed fez ainda em seu discurso uma avaliação sombria das perspectivas para a economia mais importante do mundo, prevendo um desempenho lento da economia para este ano e para o próximo e um futuro repleto de armadilhas tanto para os EUA quanto para a Europa.

"Dado que o crescimento é projetado para ficar em um nível que absorva as novas levas da força de trabalho, a redução dos níveis de desemprego tem sido frustrantemente lenta", afirmou Bernanke em seu discurso semestral.

Depois de um modesto crescimento de 2% no primeiro trimestre do ano, Bernanke disse que o segundo deverá apresentar um desempenho ainda pequeno.

"Membros da equipe do Fed preveem que o crescimento pode se entre 1,9 e 2,4% este ano", afirmou. "Estas previsões são piores que as feitas em janeiro", completou.

Com a taxa de desemprego ainda em 8%, mesmo após quase quatro anos desde o ápice da crise, alguns investidores podem entender que a fala de Bernanke é um anúncio de que mais medidas de estímulo devem ser tomadas. Contudo, apesar do tom calamitoso, Bernanke não indicou que nenhuma medida nova estaria prestes a ser implantada.


Em sua última reunião, de junho, o comitê do Fed concordou em prorrogar um programa de compra de títulos para impulsionar a recuperação, medida considerada insuficiente pelo mercado.

"Os investidores continuam preocupados com o emprego e o nível de confiança permanece baixo", admitiu Bernanke. "Esse cenário de cautela impede que novos investidores entrem no mercado, o que diminui ainda mais o ritmo de crescimento", completou.

Segundo o líder do Fed, há sinais de melhora na economia, como o aumento das vendas de casas novas, mas questões mais amplas como o orçamento dos Estados Unidos e a crise da zona do euro estão atrelados ao coração da economia.

"A possibilidade de que a situação na Europa piore ainda permanece como um risco significativo para a economia norte-americana", afirmou. Ao mesmo tempo, completou Bernanke, os países europeus possuem o estímulo e as ferramentas necessárias para sair da crise.

Bernanke também incitou o Congresso a estabelecer em definitivo o plano de redução do déficit do país ao mesmo tempo em que emite medidas de estímulo para o curto prazo.

O presidente do Fed comentou ainda sobre o escândalo das manipulações da taxa interbancária Libor, classificando-o como "muito preocupante" e dizendo que o mesmo mina a confiança do sistema financeiro.

"As manipulações deste índice - que provocaram uma multa contra o banco britânico Barclays - demonstram que o Libor era estruturalmente defeituoso", afirmou.

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Washington - O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, disse nesta terça-feira em discurso no Congresso norte-americano que os dados sobre a economia do país têm sido decepcionantes e que a redução do número de desempregados e a recuperação da economia devem ser frustrantemente lentas.

Segundo Bernanke, os indicadores recentes representam um revés para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, antes das eleições presidenciais de novembro.

O presidente do Fed fez ainda em seu discurso uma avaliação sombria das perspectivas para a economia mais importante do mundo, prevendo um desempenho lento da economia para este ano e para o próximo e um futuro repleto de armadilhas tanto para os EUA quanto para a Europa.

"Dado que o crescimento é projetado para ficar em um nível que absorva as novas levas da força de trabalho, a redução dos níveis de desemprego tem sido frustrantemente lenta", afirmou Bernanke em seu discurso semestral.

Depois de um modesto crescimento de 2% no primeiro trimestre do ano, Bernanke disse que o segundo deverá apresentar um desempenho ainda pequeno.

"Membros da equipe do Fed preveem que o crescimento pode se entre 1,9 e 2,4% este ano", afirmou. "Estas previsões são piores que as feitas em janeiro", completou.

Com a taxa de desemprego ainda em 8%, mesmo após quase quatro anos desde o ápice da crise, alguns investidores podem entender que a fala de Bernanke é um anúncio de que mais medidas de estímulo devem ser tomadas. Contudo, apesar do tom calamitoso, Bernanke não indicou que nenhuma medida nova estaria prestes a ser implantada.


Em sua última reunião, de junho, o comitê do Fed concordou em prorrogar um programa de compra de títulos para impulsionar a recuperação, medida considerada insuficiente pelo mercado.

"Os investidores continuam preocupados com o emprego e o nível de confiança permanece baixo", admitiu Bernanke. "Esse cenário de cautela impede que novos investidores entrem no mercado, o que diminui ainda mais o ritmo de crescimento", completou.

Segundo o líder do Fed, há sinais de melhora na economia, como o aumento das vendas de casas novas, mas questões mais amplas como o orçamento dos Estados Unidos e a crise da zona do euro estão atrelados ao coração da economia.

"A possibilidade de que a situação na Europa piore ainda permanece como um risco significativo para a economia norte-americana", afirmou. Ao mesmo tempo, completou Bernanke, os países europeus possuem o estímulo e as ferramentas necessárias para sair da crise.

Bernanke também incitou o Congresso a estabelecer em definitivo o plano de redução do déficit do país ao mesmo tempo em que emite medidas de estímulo para o curto prazo.

O presidente do Fed comentou ainda sobre o escândalo das manipulações da taxa interbancária Libor, classificando-o como "muito preocupante" e dizendo que o mesmo mina a confiança do sistema financeiro.

"As manipulações deste índice - que provocaram uma multa contra o banco britânico Barclays - demonstram que o Libor era estruturalmente defeituoso", afirmou.

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