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Fed pode manter juros baixos mesmo com desemprego em 6,5%

O objetivo é assegurar ao mercado que as taxas continuarão próximas de zero mesmo com a possibilidade da redução do programa de compra de títulos

Bernanke: "o Fed pode ser paciente e esperar que o mercado de trabalho esteja suficientemente forte antes de começar a considerar um aumento das taxas de juros", disse (Alex Wong/AFP)
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Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2013 às 06h47.

Washington - O presidente do Federal Reserve ( Fed , o banco central dos EUA), Ben Bernanke, disse nesta terça-feira que as taxas de juros básicas da economia podem continuar baixas mesmo após a taxa de desemprego cair abaixo do 6,5%.

O objetivo é assegurar ao mercado que as taxas continuarão próximas de zero mesmo com a possibilidade da redução do programa de compra de US$ 85 trilhões mensais em títulos.

Desde o ano passado, o Fed tem indicado que não vai reduzir suas taxas de juros até que o desemprego caísse abaixo de 6,5%, dado que a inflação estivesse controlada. Em outubro, a taxa de desemprego dos EUA foi de 7,3%.

Em texto preparado para ser apresentado no jantar anual do Clube Nacional de Economistas, em Washington, Bernanke disse que "mesmo após o desemprego cair abaixo dos 6,5%, o Fed pode ser paciente e esperar que o mercado de trabalho esteja suficientemente forte antes de começar a considerar um aumento das taxas de juros".

Ele afirmou que, quando a taxa de desemprego atingisse a meta, os conselheiros passariam a considerar outros indicadores de saúde da economia, como os dados da folha de pagamentos (Payroll), a participação da força de trabalho e as taxas de contratação e separação. "Pode demorar até a política voltar a "padrões mais normais", informou.

Bernanke também disse que o Fed provavelmente iria manter as taxas de juros baixas por algum tempo mesmo depois que encerrasse o programa de compra de títulos, criado para impulsionar o crescimento econômico. "Os juros do Federal Reserve provavelmente vão se manter próximos de zero por um tempo considerável após o fim da compra de títulos, talvez até bem depois de o desemprego atingir a meta. Pelo menos até os dados mostrarem suporte ao começo da redução das políticas de acomodação", disse.

O presidente do Fed também listou algumas desvantagens e incertezas trazidas pela continuidade do programa de compra de títulos pelo banco central, expressando sua preferência por outras ferramentas de projeção que a instituição poderá usar quando começar a elevar as taxas de juros. O Federal Reserve "não vê essas duas ferramentas como equivalentes", disse.

"Nós agora temos não menos certeza sobre a magnitude e os efeitos do ritmo de compra de títulos nas condições financeiros e na economia, ou mesmo sobre os impactos do estoque de ativos acumulados no balanço do Fed", afirmou. Ele enfatizou o risco de as compras do Fed desequilibrarem os mercados de valores mobiliários, apesar de dizer que o risco é gerenciável.

Bernanke não deu, porém, claras indicações de quando o banco pode começar a reduzir o programa. Ele disse, como já havia feito antes, que a decisão depende das informações econômicas que virão. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Washington - O presidente do Federal Reserve ( Fed , o banco central dos EUA), Ben Bernanke, disse nesta terça-feira que as taxas de juros básicas da economia podem continuar baixas mesmo após a taxa de desemprego cair abaixo do 6,5%.

O objetivo é assegurar ao mercado que as taxas continuarão próximas de zero mesmo com a possibilidade da redução do programa de compra de US$ 85 trilhões mensais em títulos.

Desde o ano passado, o Fed tem indicado que não vai reduzir suas taxas de juros até que o desemprego caísse abaixo de 6,5%, dado que a inflação estivesse controlada. Em outubro, a taxa de desemprego dos EUA foi de 7,3%.

Em texto preparado para ser apresentado no jantar anual do Clube Nacional de Economistas, em Washington, Bernanke disse que "mesmo após o desemprego cair abaixo dos 6,5%, o Fed pode ser paciente e esperar que o mercado de trabalho esteja suficientemente forte antes de começar a considerar um aumento das taxas de juros".

Ele afirmou que, quando a taxa de desemprego atingisse a meta, os conselheiros passariam a considerar outros indicadores de saúde da economia, como os dados da folha de pagamentos (Payroll), a participação da força de trabalho e as taxas de contratação e separação. "Pode demorar até a política voltar a "padrões mais normais", informou.

Bernanke também disse que o Fed provavelmente iria manter as taxas de juros baixas por algum tempo mesmo depois que encerrasse o programa de compra de títulos, criado para impulsionar o crescimento econômico. "Os juros do Federal Reserve provavelmente vão se manter próximos de zero por um tempo considerável após o fim da compra de títulos, talvez até bem depois de o desemprego atingir a meta. Pelo menos até os dados mostrarem suporte ao começo da redução das políticas de acomodação", disse.

O presidente do Fed também listou algumas desvantagens e incertezas trazidas pela continuidade do programa de compra de títulos pelo banco central, expressando sua preferência por outras ferramentas de projeção que a instituição poderá usar quando começar a elevar as taxas de juros. O Federal Reserve "não vê essas duas ferramentas como equivalentes", disse.

"Nós agora temos não menos certeza sobre a magnitude e os efeitos do ritmo de compra de títulos nas condições financeiros e na economia, ou mesmo sobre os impactos do estoque de ativos acumulados no balanço do Fed", afirmou. Ele enfatizou o risco de as compras do Fed desequilibrarem os mercados de valores mobiliários, apesar de dizer que o risco é gerenciável.

Bernanke não deu, porém, claras indicações de quando o banco pode começar a reduzir o programa. Ele disse, como já havia feito antes, que a decisão depende das informações econômicas que virão. Fonte: Dow Jones Newswires.

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