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Fed mantém taxa de juros dos EUA devido à incerteza mundial

O Federal Reserve optou pela manutenção de sua taxa de juros em quase zero, a fim de proteger os Estados Unidos das incertezas econômicas

Logo do Federal Reserve é visto em Washington, DC (Mandel Ngan/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2015 às 23h45.

O Federal Reserve ( Fed , banco central americano) optou nesta quinta-feira pela manutenção de sua taxa de juros em quase zero, a fim de proteger os Estados Unidos das incertezas econômicas geradas pelos países emergentes.

A presidente do Fed, Janet Yellen, disse que os Estados Unidos continuam crescendo moderadamente e que os juros podem subir até o final do ano.

Entretanto, o Comitê de Política Monetária do Fed (FOMC) apontou as dificuldades da China e de outros emergentes.

"Grande parte de nossa atenção esteve nos riscos em torno da China, mas não só da China, mas dos mercados emergentes em geral e em como esses riscos poderiam recair sobre os Estados Unidos", disse Yellen a jornalistas após a reunião.

Yellen disse que o Fed considerou uma fuga de capitais de países emergentes, pressões cambiais nesses países e preocupações sobre seu futuro.

"A questão é se pode haver ou não risco de uma desaceleração ainda mais abrupta do que o esperado por muitos analistas", afirmou.

Os países emergentes sofrem com a menor demanda chinesa de matérias-primas. As especulações sobre a decisão do Fed geraram uma fuga de capitais diante da perspectiva de um dólar mais rentável.

Em agosto, o agravamento da situação na China, os mercados financeiros dos emergentes tiveram um fluxo negativo de 8,7 bilhões de dólares, segundo um estudo do Instituto Internacional de Finanças (IIF)

Após meses de especulações, o Fed manteve seus juros na faixa 0% e 0,25%, definidos em dezembro de 2008 para tirar a maior economia do mundo da recessão.

Yellen atribuiu a decisão à incerteza mundial.

"O panorama externo parece ter se tornado mais incerto. E as fortes preocupações pelo (fraco) crescimento da China e de outras economias emergentes levaram à volatilidade dos mercados", observou.

Yellen mencionou também a valorização do dólar e estimou que todos esses fatores "poderiam frear a atividade econômica dos Estados Unidos".

Um membro do FOMC Jeffrey Lacker, que defendia um aumento de 0,25%, votou contra.

Yellen disse que lamenta que as permanentes especulações sobre a decisão do Fed tenha sido um fator que contribuiu com as turbulências dos mercados.

"É uma situação desagradável", disse Yellen. "Somos muito conscientes que nossa decisão de hoje suscitava um imenso interesse", disse e acrescentou "as decisões de política monetária não são tomadas todos os dias".

O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu ao Fed que tivesse paciência em relação ao aumento dos juros, que poderia causar crises cambiais e com a fuga de capitais aos países em desenvolvimento, em razão de um dólar mais forte.

O Banco Mundial alertou as economias emergentes para que se preparem para novas turbulências. Com a desaceleração da economia chinesa, vários países emergentes sofrem com fugas de capitais, depreciação de moedas e queda dos preços das matérias-primas. Outros, como o Brasil, encontram-se em recessão.

Objetivos do Fed

O objetivo do Fed é que a inflação, que atualmente é de 0,3% ao ano, se aproxime de 2% no médio prazo; um nível que o banco central considera saudável para a economia dos Estados Unidos.

O Fed demonstrou otimismo em relação ao crescimento da economia e ao emprego no Estados Unidos neste ano, mas seu prognóstico foi mais prudente para 2016.

O PIB dos Estados Unidos crescerá 2,1% em ritmo anual no último trimestre de 2015, o que significa uma alta em comparação 1,9% previsto em junho.

Os dados indicam que "a atividade econômica está expandindo-se a um ritmo moderado", disse o comunicado do FOMC.

O FOMC lembrou que o gasto das famílias e os investimentos das empresas estão crescendo moderadamente, e o setor da construção melhorou. No entanto, as exportações foram fracas.

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O Federal Reserve ( Fed , banco central americano) optou nesta quinta-feira pela manutenção de sua taxa de juros em quase zero, a fim de proteger os Estados Unidos das incertezas econômicas geradas pelos países emergentes.

A presidente do Fed, Janet Yellen, disse que os Estados Unidos continuam crescendo moderadamente e que os juros podem subir até o final do ano.

Entretanto, o Comitê de Política Monetária do Fed (FOMC) apontou as dificuldades da China e de outros emergentes.

"Grande parte de nossa atenção esteve nos riscos em torno da China, mas não só da China, mas dos mercados emergentes em geral e em como esses riscos poderiam recair sobre os Estados Unidos", disse Yellen a jornalistas após a reunião.

Yellen disse que o Fed considerou uma fuga de capitais de países emergentes, pressões cambiais nesses países e preocupações sobre seu futuro.

"A questão é se pode haver ou não risco de uma desaceleração ainda mais abrupta do que o esperado por muitos analistas", afirmou.

Os países emergentes sofrem com a menor demanda chinesa de matérias-primas. As especulações sobre a decisão do Fed geraram uma fuga de capitais diante da perspectiva de um dólar mais rentável.

Em agosto, o agravamento da situação na China, os mercados financeiros dos emergentes tiveram um fluxo negativo de 8,7 bilhões de dólares, segundo um estudo do Instituto Internacional de Finanças (IIF)

Após meses de especulações, o Fed manteve seus juros na faixa 0% e 0,25%, definidos em dezembro de 2008 para tirar a maior economia do mundo da recessão.

Yellen atribuiu a decisão à incerteza mundial.

"O panorama externo parece ter se tornado mais incerto. E as fortes preocupações pelo (fraco) crescimento da China e de outras economias emergentes levaram à volatilidade dos mercados", observou.

Yellen mencionou também a valorização do dólar e estimou que todos esses fatores "poderiam frear a atividade econômica dos Estados Unidos".

Um membro do FOMC Jeffrey Lacker, que defendia um aumento de 0,25%, votou contra.

Yellen disse que lamenta que as permanentes especulações sobre a decisão do Fed tenha sido um fator que contribuiu com as turbulências dos mercados.

"É uma situação desagradável", disse Yellen. "Somos muito conscientes que nossa decisão de hoje suscitava um imenso interesse", disse e acrescentou "as decisões de política monetária não são tomadas todos os dias".

O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu ao Fed que tivesse paciência em relação ao aumento dos juros, que poderia causar crises cambiais e com a fuga de capitais aos países em desenvolvimento, em razão de um dólar mais forte.

O Banco Mundial alertou as economias emergentes para que se preparem para novas turbulências. Com a desaceleração da economia chinesa, vários países emergentes sofrem com fugas de capitais, depreciação de moedas e queda dos preços das matérias-primas. Outros, como o Brasil, encontram-se em recessão.

Objetivos do Fed

O objetivo do Fed é que a inflação, que atualmente é de 0,3% ao ano, se aproxime de 2% no médio prazo; um nível que o banco central considera saudável para a economia dos Estados Unidos.

O Fed demonstrou otimismo em relação ao crescimento da economia e ao emprego no Estados Unidos neste ano, mas seu prognóstico foi mais prudente para 2016.

O PIB dos Estados Unidos crescerá 2,1% em ritmo anual no último trimestre de 2015, o que significa uma alta em comparação 1,9% previsto em junho.

Os dados indicam que "a atividade econômica está expandindo-se a um ritmo moderado", disse o comunicado do FOMC.

O FOMC lembrou que o gasto das famílias e os investimentos das empresas estão crescendo moderadamente, e o setor da construção melhorou. No entanto, as exportações foram fracas.

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