Economia

Fazenda vai ao TCU para não cumprir piso da Saúde em 2023

Esta semana, a Corte recomendou o arquivamento da proposta que pedia o não cumprimento desses pisos em 2023

A autorização do TCU não é certa (EDU ANDRADE/Ascom/MF/Flickr)

A autorização do TCU não é certa (EDU ANDRADE/Ascom/MF/Flickr)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 30 de setembro de 2023 às 14h27.

O Ministério da Fazenda encaminhou uma consulta formal ao Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a possibilidade de descumprir o piso constitucional da Saúde. A aplicação desse patamar mínimo de investimento significaria um aumento de gastos de até R$ 20 bilhões para a União. Ou seja, o governo quer evitar essa despesa adicional.

No caso do piso da Educação, cujo piso também voltou a vigorar com o fim do teto de gastos e adoção do novo arcabouço fiscal, as despesas já estão acima do mínimo exigido e não precisam ser complementadas.

Recomposição do Orçamento

No documento, que foi enviado à Corte na noite de quinta-feira, 28, a equipe econômica afirma que o governo recompôs o Orçamento deste ano seguindo a premissa do teto de gastos, e que a retomada dos pisos está prevista para 2024. Alega, ainda, que antecipou a discussão do novo marco de maneira diligente e que não é necessário reengatilhar, fora do planejamento orçamentário novas despesas nessas duas áreas. A pasta também pondera ao TCU que os programas sociais foram restabelecidos e que não entende ser o caso de incorporar um piso não previsto.

"Antecipamos o processo legislativo e aprovamos o novo arcabouço fiscal antes do tempo previsto na PEC da Transição, em benefício da economia brasileira. Não nos parece correto penalizar a boa gestão da economia", disse ao Estadão o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan.

A autorização do TCU, porém, não é certa. Esta semana, a Corte recomendou o arquivamento de proposta que pedia o não cumprimento desses pisos em 2023.

Acompanhe tudo sobre:Fernando HaddadMinistério da FazendaEducaçãoSaúde no Brasil

Mais de Economia

Bancos centrais iniciam ciclo sincronizado de corte de juros pelo mundo

São Paulo cria meio milhão de empregos formais em um ano, alta de 3,6%

EUA divulga payroll de agosto nesta sexta — e que pode ser crucial para o Fed

Senado marca sabatina de Galípolo para 8 de outubro, dia em que indicação será votada no plenário

Mais na Exame