Fazenda: PIB deve crescer de 7,5% a 8,5% no trimestre
Rio - A divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicando que a economia brasileira cresceu 9,85% no primeiro trimestre, não muda as projeções do Ministério da Fazenda para o desempenho no período. Segundo afirmou hoje o secretário de Política Econômica, Nelson Barbosa, o Ministério trabalha com o crescimento entre 7,5% e […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.
Rio - A divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicando que a economia brasileira cresceu 9,85% no primeiro trimestre, não muda as projeções do Ministério da Fazenda para o desempenho no período. Segundo afirmou hoje o secretário de Política Econômica, Nelson Barbosa, o Ministério trabalha com o crescimento entre 7,5% e 8,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre.
Barbosa disse, no entanto, que o resultado do IBC-Br foi impactado pelo processo de saída da crise e a economia tende a desacelerar no decorrer do ano. "O crescimento mais forte do primeiro trimestre é uma consequência natural da saída da crise. Não podemos esquecer que, no trimestre mais agudo da crise, o último de 2008, a economia brasileira caiu mais de 3%", afirmou. Mais precisamente, naquele período, a queda foi de 3,6% em relação ao quarto trimestre de 2007, o maior recuo econômico desde 1996.
"Então, quando tem uma crise como essa, é normal que se tenha o que os economistas chamam undershooting e overshooting, ou seja, a economia cai muito, quando volta sobe muito, depois se acomoda em novo patamar", comentou.
Segundo Barbosa, o Ministério da Fazenda prevê um crescimento entre 4,5% e 5,5%. "Obviamente, a gente vai trabalhar para elevar isso (nos anos seguintes). A proposta do PAC 2 é de crescimento médio de 5,5% para 2011 a 2014. Vamos ter um crescimento entre 5% e 6%. Isso é perfeitamente possível."
Questionado se o governo pode tomar outras medidas fiscais ao longo ano para ajudar a conter o ritmo de crescimento, Barbosa não quis responder. Segundo ele, essas decisões são tomadas de acordo com o desempenho da economia. "Me perguntem ao longo do ano, após a divulgação de novos índices", disse.
Em relação às projeções de crescimento da inflação feitas pelas instituições financeiras, o secretário afirmou que os bancos ainda não estão considerando em seus cálculos o contingenciamento de R$ 10 bilhões nas despesas do governo, medida orçamentária tomada na semana passada.