Faturamento do varejo cai 3,9% em dezembro, diz índice Cielo
Segundo o levantamento, a tendência verificada nos últimos meses se repetiu em dezembro, com todos os setores do varejo mostrando queda do faturamento
Reuters
Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 18h18.
São Paulo- O faturamento do comércio varejista brasileiro caiu em dezembro na comparação anual, contribuindo para que o setor fechasse o ano de 2016 com retração de 4,8 por cento, segundo dados Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), apurado pela empresa de meios de pagamento.
Segundo o levantamento da Cielo, a tendência verificada nos últimos meses se repetiu em dezembro, com todos os setores do varejo mostrando queda do faturamento deflacionado sobre o mesmo período do ano anterior, com exceção do grupo formado por drogarias e farmácias.
A receita do varejo do país em dezembro teve queda de 3,9 por cento, segundo a empresa, ante queda de 3,6 por cento em novembro, também na comparação anual.
No último mês de 2016, todas as regiões do país mostraram queda no faturamento do varejo. Sudoeste e Centro-Oeste tiveram retração de 4,1 por cento, Norte recuou 4 por cento, Nordeste caiu 3,5 por cento e Sul teve baixa de 2 por cento.
Especificamente na semana de compras do Natal (22 a 25 de dezembro), o ICVA apontou aumento de 3,2 por cento na quantidade vendida em relação a 2015, mas o valor médio das compras recuou 2,8 por cento, para 96 reais, informou a Cielo.
Com isso, o faturamento ficou praticamente estável, com crescimento nominal de 0,4 por cento ante o mesmo período de 2015.
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que as vendas do varejo brasileiro ficaram acima do esperado em novembro, em um movimento de antecipação de compras de Natal.
Apesar do crescimento de 2 por cento sobre outubro, as vendas do varejo mostraram queda de 3,5 por cento na comparação novembro de 2015, contra expectativa de queda de 5,45 por cento.
O indicador acompanha vendas realizadas nos mais de 1,7 milhão de pontos de vendas ativos credenciados à Cielo e envolve pequenos e grandes lojistas.