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Exportações sustentam indústria automotiva, afirma Anfavea

São Paulo, 15 de maio (Portal EXAME) As montadoras respondem por 11% do Produto Interno Bruto (PIB) e 3% do PIB brasileiro. Toda a cadeia do setor (incluindo fornecedores de autopeças) reúne 200 mil empresas, gera 1,3 milhão de empregos e paga 10 bilhões de reais em impostos e contribuições por ano. O superávit comercial […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h59.

São Paulo, 15 de maio (Portal EXAME) As montadoras respondem por 11% do Produto Interno Bruto (PIB) e 3% do PIB brasileiro. Toda a cadeia do setor (incluindo fornecedores de autopeças) reúne 200 mil empresas, gera 1,3 milhão de empregos e paga 10 bilhões de reais em impostos e contribuições por ano. O superávit comercial do setor em 2002 foi de 2,4 bilhões de dólares, o que equivale a 18,6% do superávit de toda a balança comercial do Brasil.

Os números são superlativos, mas representam muito pouco para os resultados no mercado interno. Entre janeiro e abril, as vendas domésticas mal chegaram a 440 000 veículos: uma queda de 7,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O quadrimestre foi salvo pelas exportações. Os embarques somaram 1,5 bilhões de dólares, expansão de 35% sobre o mesmo quadrimestre do ano passado. É a exportação que sustenta a indústria automotiva no Brasil de hoje , diz Ricardo Carvalho, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e diretor de assuntos governamentais da Volkswagen.

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O fortalecimento do mercado interno passa pelo cumprimento de uma extensa agenda, na avaliação de Carvalho: aprovação das reformas, combate à inflação e câmbio equilibrado, além de queda nos juros. Num país onde 60% a 70% das vendas de automóveis dependem do crédito, o juros altos inviabilizam qualquer negócio , diz Carvalho. Tudo o que a indústria e o comércio querem hoje e sentir a mesma euforia que o mercado financeiro. O presidente da Anfavea defendeu um corte da taxa de juros na próxima reunião do Copom, durante seminário promovido pela agência de notícias Bloomberg.

A volta das vendas no mercado interno interna representariam, acima de tudo, o retorno de fartos investimentos. Entre 1994 e 2002, o setor desembolsou 27 bilhões de dólares no país, mas os resultados até o momento ficam abaixo de qualquer expectativa. Após o recorde de produção de 2 milhões de unidades em 1997, as linhas de montagem reduziram o ritmo. A produção caiu para 1,4 milhão de veículos em 1999. Para este ano, estima-se a fabricação de 1,9 milhão de unidades mas a capacidade instalada é para 3,2 milhões de veículos. A Anfavea projeta estabilidade nas vendas para o mercado interno e crescimento apenas nas exportações. A vendas para o mercado internacional devem crescer 20% em relação ao ano passado, o que representa divisas da ordem de 4,8 bilhões de dólares.

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