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Exportações brasileiras para países árabes crescem 34%

Produtos do agronegócio, como carne e soja, são os principais da pauta, mas manufaturados já começam a aparecer

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h02.

Um ano após a realização da Cúpula América do Sul - Países Árabes, os números mostram que o evento proporcionou vantagens comerciais acima do esperado. Antes do evento, a expectativa era de que o fluxo comercialentreo Brasil e países árabes aumentasse 13% em 2005. O resultado anual, porém, foi de 30%, número superior à média das exportações brasileiras, que cresceram 22,6% no ano passado.

A relação comercial com o bloco árabe é um bom negócio para o Brasil. Os 22 países que compõem a liga importam 90% dos alimentos que consomem. E o Brasil tem muito a oferecer: carnes, frango, açúcar e soja estão entre os principais itens da exportação brasileira para o mundo árabe. Segundo a Câmara Árabe Brasileira, em abril, o volume chegou a 5,5 bilhões de dólares (acumulado de 12 meses), um crescimento de 35% sobre o mesmo período do ano anterior.

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O agronegócio ainda é o carro-chefe do Brasil entre os compradores árabes, mas a pauta começa a mudar. Aos poucos, produtos manufaturados como veículos, máquinas agrícolas e auto-peças também vêm atraindo o interesse desses parceiros. Destaque para a Embraer, que em abril fechou a venda de 15 aeronaves para a Arábia Saudita.

"Estamos identificando outras oportunidades, como nos segmentos de hotelaria e móveis", diz o presidente da Câmara, Antônio Sarkis Júnior. Segundo ele, os 22 países que formam a liga árabe importaram o equivalente a 290 bilhões de dólares no ano passado.

Os principais parceiros do Brasil na região são cinco: Arábia Saudita, Emirados Árabes, Egito, Marrocos e Argélia. Sarkis diz que praticamente todos eles estão investindo significativamente em infra-estrutura, criando um forte mercado consumidor para produtos e serviços de construção civil - outro campo que pode ser explorado por empresários brasileiros. Quanto ao Iraque, que passa por um processo de reconstrução, o presidente da Câmara diz que é preciso cautela, mas que as oportunidades também estão lá. "A situação no país é delicada, mas onde há risco o retorno é maior", diz Sarkis.

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