Economia

Exportação para a China cresce 89%, mas Desenvolvimento quer mais

As exportações para a China não param de crescer. De janeiro a setembro deste ano, o Brasil exportou para lá 3,04 bilhões de dólares, um crescimento de 89% quando comparado ao mesmo período de 2002. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, está desde domingo (12/10) na China em uma missão […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h02.

As exportações para a China não param de crescer. De janeiro a setembro deste ano, o Brasil exportou para lá 3,04 bilhões de dólares, um crescimento de 89% quando comparado ao mesmo período de 2002. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, está desde domingo (12/10) na China em uma missão empresarial. Furlan está com Juan Quirós, presidente da Agência de Promoção das Exportações do Brasil (Apex), representantes do Itamaraty e mais 17 empresários dos setores de alumínio, calçados, carnes, equipamentos médico-hospitalares e eletrodomésticos. O objetivo da viagem é estreitar os laços entre o Brasil e o país, dono do maior mercado consumidor do mundo.

Neste domingo (12/10), Furlan esteve em Macau, onde participou do Fórum de Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os sete países que tem o português como língua oficial: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, Timor Leste e São Tomé e Príncipe. A cidade foi escolhida pelo governo chinês para sediar o encontro por ter ligações históricas, lingüísticas e culturais com esses países. Ocupada pelos portugueses em 1553, Macau só voltou a ser controlada pela China em 1999.

O fórum, que contará também com a participação de representantes da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD) e da Organização Mundial do Comércio (OMC), prevê a discussão de dois temas: a coordenação econômica entre os países e o comércio e investimentos entre eles. O objetivo é que ao final das discussões, os ministros assinem uma declaração se comprometendo a criar mecanismos para que consultas permanentes sejam feitas, assim como troca de experiências.

Furlan foi o responsável pela palestra de abertura do fórum e falou sobre as oportunidades de comércio que podem ser exploradas e, o quanto o mercado brasileiro pode ser atraente para os empresários chineses. O ministro se encontrou ainda com Lu Fuyuan, ministro do Comércio da China, durante uma conferência ministerial.

No final desta segunda-feira, Furlan viaja para Hong Kong para se encontrar com empresários da região. Na terça-feira (14/10), o ministro estará em Xangai, onde se encontrará com mais empresários, além de autoridades do governo chinês.

Na agenda do ministro está prevista também um encontro com Zhao Guobal, vice-ministro da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, com quem Furlan conversará sobre a exportação de álcool brasileiro para a China. É que como aderiu ao Protocolo de Kyoto, o país está estudando a possibilidade de adicionar álcool à gasolina para diminuir a emissão de gases. Ainda em Xangai, Furlan participa da assinatura de um convênio entre a Apex e a Câmara Chinesa para a Promoção do Comércio Internacional de Xangai e da contratação de uma empresa de consultoria que deverá ajudar o Brasil a encontrar os melhores mercados a serem explorados na China.

Furlan permanece na China até a próxima terça-feira (18/10). Até lá, passará ainda por Pequim, onde se encontrará com outros membros do governo chinês. Entre eles, Li Changjiang, ministro da Administração Geral da Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena. Como Changjiang é responsável pelo controle das barreiras sanitárias na China, Furlan discutirá os problemas das exportações de carne de porco e de soja brasileiras para o país.

Mais missões

Enquanto Furlan e seus acompanhantes ainda estiverem na China, outros membros da Apex e da Câmara do Comércio Árabe Brasileira (CCAB), acompanhados de mais 65 empresários brasileiros, já estará retornando de uma outra missão que visitou os Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Kuwait.

Dos 65 empresários, 20 são fabricantes de produtos para o varejo e tiveram encontros com executivos de grandes redes de supermercados, atacadistas e distribuidores.

Já os outros 45, participaram de uma grande feira internacional de móveis e design de interiores, nos Emirados Árabes.

Em 2002, o mercado árabe foi responsável por 2,6 bilhões de dólares das exportações brasileiras. Recentemente, entretanto, a CCAB entregou ao presidente Lula um estudo que mostra que as vendas do Brasil para os 22 países árabes pode crescer até 270% nos próximos quatro anos.

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