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Exportação de sucata de aço dispara 49% em outubro

Exportações dispararam impulsionadas pela queda de demanda no mercado interno

Produção de aço: exportações do setor em outubro somaram 76 mil toneladas (Rich Press/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2014 às 18h27.

São Paulo - As exportações brasileiras de sucata de aço dispararam 49 por cento em outubro sobre o mesmo período do ano passado, impulsionadas por um mercado interno em que siderúrgicas que utilizam o insumo em sua produção têm enfrentado queda de demanda por seus produtos.

Segundo o Instituto Nacional das Empresas de Sucata Ferrosa (Inesfa), as exportações do setor em outubro somaram 76 mil toneladas, o segundo mês de maior volume dos últimos anos, perdendo apenas para as 87,4 mil toneladas exportadas em setembro.

"Com a retração da economia e do setor industrial, desde julho as siderúrgicas não estão comprando sucata para produção de aço. A única alternativa para as empresas de sucata é exportar", disse o presidente do Inesfa, Marcos Fonseca, em comunicado à imprensa.

A entidade representa empresas responsáveis por 47 por cento de toda a sucata preparada no Brasil.

No acumulado de janeiro a outubro, as exportações de sucata ferrosa somam 475,78 mil toneladas, ultrapassando as 453,35 mil toneladas de todo o ano de 2013, segundo dados do Inesfa.

A redução da procura por sucata no mercado interno se deve à diminuição da produtividade nos dois principais setores do ramo, responsáveis por 60 por cento da demanda pela matéria-prima no Brasil: indústria automotiva e construção civil.

A sucata é utilizada por companhias que produzem principalmente aços longos, como a Gerdau. A produção de aço das operações brasileiras da companhia caiu 10,6 por cento no terceiro trimestre sobre um ano antes, a 1,6 milhão de toneladas.

Na véspera, o Instituto Aço Brasil, que representa as siderúrgicas, informou queda na produção de aços laminados planos e longos em outubro em relação ao mesmo período do ano passado, com as empresas do setor optando por elevar produção de placas para exportação.

Segundo o Inesfa, a expectativa é de mais um ano de dificuldades para empresas do comércio atacadista de sucata ferrosa. "Se não houver a desoneração do setor siderúrgico no próximo ano, o cenário de crise deve se manter", disse Fonseca.

Apesar do aumento dos índices, a exportação da sucata não é vista como uma alternativa segura pela entidade uma vez que o insumo é uma commodity cujo preço tem sido pressionado para baixo.

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Segundo o Instituto Nacional das Empresas de Sucata Ferrosa (Inesfa), as exportações do setor em outubro somaram 76 mil toneladas, o segundo mês de maior volume dos últimos anos, perdendo apenas para as 87,4 mil toneladas exportadas em setembro.

"Com a retração da economia e do setor industrial, desde julho as siderúrgicas não estão comprando sucata para produção de aço. A única alternativa para as empresas de sucata é exportar", disse o presidente do Inesfa, Marcos Fonseca, em comunicado à imprensa.

A entidade representa empresas responsáveis por 47 por cento de toda a sucata preparada no Brasil.

No acumulado de janeiro a outubro, as exportações de sucata ferrosa somam 475,78 mil toneladas, ultrapassando as 453,35 mil toneladas de todo o ano de 2013, segundo dados do Inesfa.

A redução da procura por sucata no mercado interno se deve à diminuição da produtividade nos dois principais setores do ramo, responsáveis por 60 por cento da demanda pela matéria-prima no Brasil: indústria automotiva e construção civil.

A sucata é utilizada por companhias que produzem principalmente aços longos, como a Gerdau. A produção de aço das operações brasileiras da companhia caiu 10,6 por cento no terceiro trimestre sobre um ano antes, a 1,6 milhão de toneladas.

Na véspera, o Instituto Aço Brasil, que representa as siderúrgicas, informou queda na produção de aços laminados planos e longos em outubro em relação ao mesmo período do ano passado, com as empresas do setor optando por elevar produção de placas para exportação.

Segundo o Inesfa, a expectativa é de mais um ano de dificuldades para empresas do comércio atacadista de sucata ferrosa. "Se não houver a desoneração do setor siderúrgico no próximo ano, o cenário de crise deve se manter", disse Fonseca.

Apesar do aumento dos índices, a exportação da sucata não é vista como uma alternativa segura pela entidade uma vez que o insumo é uma commodity cujo preço tem sido pressionado para baixo.

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