Exportação de aço para EUA pode diminuir, diz ministro
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, admitiu que as exportações brasileiras de aço para os Estados Unidos podem diminuir neste ano, por causa das medidas protecionistas anunciadas pelo governo americano. A redução pode ficar entre 10% a 15%, segundo o ministro. Em 2001, as vendas de aço para os Estados Unidos […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h33.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, admitiu que as exportações brasileiras de aço para os Estados Unidos podem diminuir neste ano, por causa das medidas protecionistas anunciadas pelo governo americano. A redução pode ficar entre 10% a 15%, segundo o ministro. Em 2001, as vendas de aço para os Estados Unidos atingiram 730 milhões.
A taxação dos EUA impõe uma sobretaxa entre 8% e 30%, pelo período de três anos, para as importações de aço. A tarifa começa a valer a partir do próximo dia 20. Sérgio Amaral afirma que o governo brasileiro vai esperar a avaliação do impacto efetivo junto com o setor privado, para depois determinar que caminho tomar sobre a decisão americana.
Para o ministro, a decisão americana não é adequada, porque não foi tomada com base nas normas da Organização Mundial do Comércio (OMC). "O Brasil mudou e ficou competitivo", disse, e acrescentou que a imposição americana é ruim para a Área de Livre Comércio (Alca), já que o objetivo da Alca é de liberalização comercial e não de restrição. No entanto, o ministro disse que as exportações brasileiras de aço para os Estados Unidos são pequenas e que não houve surto de vendas e nem comprovação de danos.
Com as medidas de salva-guardas adotadas pelos EUA, o Brasil tem uma cota anual de 2,5 milhões de toneladas métricas de aço semi-acabado. O ministro informou que em 2001 essas vendas somaram 2,1 milhões de toneladas métricas e admitiu que a decisão deixa um espaço relativo, se comparado a 2001. O ministro explica que, no entanto, as indústrias brasileiras tinham expectativas de exportar mais. Sobre o aço acabado vai incidir a sobretaxa máxima de 30%, no primeiro ano. Os produtos atingidos são a telha galvanizada e a folha de flandre, com perda de cerca de 100 milhões de dólares em relação a 2001.
As informações são da Agência Brasil.