Economia

Expectativa é de como o mercado reagirá com pesquisas, FMI e ração do BC

O mercado deve digerir hoje (31/07) os resultados de duas pesquisas eleitorais divulgadas ontem, que mostraram poucas alterações nas intenções de votos para as próximas eleições _isto é, Ciro (PPS) em segundo e Serra, em terceiro. Além disso, também deve surtir algum efeito as declarações do presidente do Banco Central sobre um possível acordo com […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h18.

O mercado deve digerir hoje (31/07) os resultados de duas pesquisas eleitorais divulgadas ontem, que mostraram poucas alterações nas intenções de votos para as próximas eleições _isto é, Ciro (PPS) em segundo e Serra, em terceiro. Além disso, também deve surtir algum efeito as declarações do presidente do Banco Central sobre um possível acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) a ser anunciado até dia 12 de agosto.

Ontem, o dólar comercial fechou a 3,30 reais, novo recorde histórico do Plano Real, com alta é de 3,61% em relação ao fechamento de segunda, segundo a Enfoque Sistemas. A moeda norte-americana fechou negociada a R$ 3,30 para venda (R$ 3,285 para compra) pela taxa do Banco Central. No ano, a valorização acumulada do dólar sobre o real já é de 43,29%. O paralelo fechou a 3,20 reais, com alta de 3,23%.

De acordo com pesquisa do Ibope, divulgada ontem no Jornal Nacional, o candidato do PPS, Ciro Gomes, parou de crescer e tem agora 25% da preferência do eleitorado, contra 26% do levantamento divulgado há uma semana. Já o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, ganhou um ponto percentual, passando de 33% para 34%. José Serra, do PSDB, que tinha 13% na pesquisa passada, aparece com 14%.

O DataFolha também divulgou uma pesquisa, com números idênticos aos do Ibope.

Também na noite de ontem, no Jornal Nacional, Armínio Fraga afirmou que o governo espera fechar um novo acordo com o FMI até 12 de agosto.

As negociações oficiais começaram com a chegada da missão de técnicos brasileiros a Washington. As conversas informais, porém, já duram cerca de quatro semanas. Fraga afirmou que não vê nenhum problema em estender o acordo com o Fundo até o início de 2003, no governo do próximo presidente.

Na opinião dos analistas do Lloyds TSB, é provável que o FMI feche o acordo desejado pelo governo, ainda que as conversações tenham começado há tempo, quando o dólar estava abaixo de R$ 2,80 e o candidato do governo estava em uma posição menos delicada nas pesquisas de intenção de voto.

O Lloyds destaca que é importante que o acordo ocorra o mais rápido possível para evitar que o mercado especule sobre valores crescentes (certamente as suposições serão de números elevados) e que o real siga com pressão de desvalorização.

Cenário Internacional

A confiança dos consumidores norte-americanos na economia do país caiu para 97,1 pontos em julho, segundo a consultoria privada Conference Board. A expectativa de analistas era de que o índice recuasse para 102 pontos, contra os 106,3 pontos registrados em junho.

A diminuição do otimismo dos consumidores, cujos gastos correspondem a cerca de dois terços da economia do país -- o que significa que o PIB, que será divulgado hoje, deve ser influenciado negativamente. O mercado estima que o PIB deve subir 2,3% no segundo trimestre, contra os 6,1% do primeiro trimestre do ano.

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