Economia

Crescimento em emergentes atinge mínima em 7 meses

Perspectivas caíram para o menor nível em sete meses à medida que dados chineses e outros de produção decepcionaram, com o Brasil sendo o único ponto positivo


	Trabalhador solda produtos de aço em fábrica na China: dados chineses mais fracos e a redução da produção na Rússia e na Índia levaram o índice a cair para 51,3 em abril
 (China Daily/Reuters)

Trabalhador solda produtos de aço em fábrica na China: dados chineses mais fracos e a redução da produção na Rússia e na Índia levaram o índice a cair para 51,3 em abril (China Daily/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2013 às 08h40.

Londres - As perspectivas de crescimento para mercados emergentes caíram para o menor nível em sete meses em abril, à medida que dados chineses e outros de produção decepcionaram, com o Brasil sendo o único ponto positivo, de acordo com pesquisa mensal do HSBC divulgada na quarta-feira.

Dados chineses mais fracos e a redução da produção na Rússia e na Índia levaram o índice composto para mercados emergentes (EMI, na sigla em inglês) do HSBC, uma combinação dos dados da pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI) de indústria e serviços, a cair para 51,3 em abril, o menor nível em mais de um ano e meio e abaixo dos 52,5 registrados em março.

A pesquisa coleta dados de PMIs de cerca de 7.500 empresas em 16 mercados emergentes.

O PMI composto da China caiu para 51,1 em abril ante 53,5 em março, o menor nível em seis meses, sugerindo que a economia está desacelerando ao passo que a demanda da América, Ásia e Europa diminui e a produção industrial perde ritmo. O índice continua acima da marca de 50, que separa crescimento de contração.

O índice futuro de produção, que analisa as expectativas de atividade das empresas em 12 meses, caiu pelo segundo mês em abril, recuando mais de cinco pontos ante o mesmo mês do ano passado e retornando para níveis vistos pela última vez em setembro.

Frederic Neumann, co-chefe de pesquisa econômica para a Ásia do HSBC, disse que a injeção de liquidez como resultado de medidas de estímulo de bancos centrais globais deve evitar uma queda mais acentuada da economia chinesa.

"No entanto, o crescimento mais lento levanta a vulnerabilidade de mercados emergentes para um abalo mais amplo nas economias avançadas, no caso de uma retração mais profunda na Europa ou renovado estresse financeiro, o que iria se propagar rapidamente pelos mercados emergentes também", escreveu ele.

O Brasil foi a única economia dos BRICs que melhorou em abril, com um PMI composto de 51,5 comparado com 51 no mês anterior, impulsionado por dados mais fortes do setor de serviços.

"Todos os países estão falando que o lado das exportações está fraco, mas o lado doméstico também está muito fraco ... serviços é um setor muito dominado domesticamente e até mesmo esse setor, com exceção do Brasil, enfraqueceu", afirmou o economista global do HSBC, Madhur Jha.

O índice é calculado com base em dados produzidos pelo instituto Markit.

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