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Expectativa da indústria cai e produção deve se manter estável

O segundo trimestre foi marcado pela estagnação da indústria, o que torna o cenário para o último semestre do ano pouco animador. Essa é a conclusão da Confederação Nacional da Indústria (CNI), após o resultado de seu Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), divulgado nesta quarta-feira (16/7). Em relação à retomada do nível de […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h42.

O segundo trimestre foi marcado pela estagnação da indústria, o que torna o cenário para o último semestre do ano pouco animador. Essa é a conclusão da Confederação Nacional da Indústria (CNI), após o resultado de seu Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), divulgado nesta quarta-feira (16/7). Em relação à retomada do nível de atividade, o índice sofreu queda em julho: está em 51,9 pontos, o menor registrado desde outubro de 2002 (49,5). A queda vem desde janeiro, quando foram medidos 58,9 pontos. Em abril, o registro foi de 57,2 pontos e em julho recuou 9,3%. "Embora mantenha-se em patamar superior ao índice registrado em julho de 2002 (48,5 pontos), o indicador atual reflete baixo nível de confiança dos empresários industriais", afirma a CNI.

De acordo com a confederação, a expectativa de uma evolução positiva que existia em abril frustrou-se nos meses que se seguiram. Em vez de mostrar uma recuperação gradual, a atividade econômica manteve-se estagnada durante o segundo trimestre - o que afetou negativamente a confiança. "Em julho, não só a situação atual mostrou-se pior do que a existente em abril, como as perspectivas de recuperação apresentaram-se menos favoráveis."

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A perda de confiança ocorreu de maneira mais intensa entre as grandes empresas (de 61,6 para 55,3 pontos). No entanto, como os pequenos e médios empresários têm-se mostrado historicamente menos confiantes, o indicador deste grupo caiu para de 50,1 pontos praticamente sobre a linha divisória.

Para a toda a indústria, o indicador de situação atual caiu de 45,1 para 37,3 pontos, o que demonstra deterioração da situação econômica. Na expectativa para os próximos meses, a queda foi de intensidade menor, de apenas 3,9 pontos, e o indicador manteve-se acima da linha de 50 pontos. "A maioria dos empresários continua a apresentar expectativas favoráveis quanto à evolução da economia, sobretudo de seus próprios negócios."

Metodologia

O índice de confiança do Empresário Industrial elaborado pela CNI, com o auxílio das Federações das Indústrias de 19 estados do Brasil, é o primeiro de sua categoria construído para a economia brasileira como um todo. A série de índices teve início em julho de 1998.

O índice varia numa escala de 0 a 100. Valores abaixo de 50 indicam que os empresários não estão confiantes com relação à economia brasileira. Por outro lado, indicadores acima de 50 significam que os empresários estão confiantes.

Os indicadores são construídos com base nas freqüências relativas das respostas apresentadas pelas empresas. Cada pergunta permite cinco alternativas excludentes a respeito da evolução (ou expectativa) da variável em questão. No caso da produção, por exemplo, as alternativas são: queda acentuada, queda, estabilidade, aumento e aumento acentuado. As alternativas são associadas, da pior para a melhor, aos escores 0, 25, 50, 75 e 100. O indicador é a média desses escores ponderada pelas freqüências relativas das respostas.

Os índices referentes às condições atuais e à expectativa foram obtidos ponderando-se os resultados das perguntas sobre a economia, o setor de atividade e a empresa utilizando-se pesos 1, 2 e 3, respectivamente. O Índice de Confiança é a média ponderada dos índices das condições atuais e das expectativas, com pesos 1 e 2, respectivamente. O Índice Geral é construído ponderando-se os índices por porte de empresa, utilizando-se como peso a variável "Pessoal Ocupado em 31/12", tendo como base a RAIS/MTb de 1996, considerando-se as empresas com mais de 25 empregados.

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