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EUA vão exportar mais do que importar petróleo já no ano que vem, diz EIA

Ano que vem deverá ser o primeiro período prolongado em sete décadas em que isso acontece, resultado da alta da produção do xisto

Produção de xisto no país deve superar 13 milhões de barris por dia até o fim de 2020 (Ernest Scheyder/Reuters)

João Pedro Caleiro

Publicado em 16 de janeiro de 2019 às 17h33.

Última atualização em 16 de janeiro de 2019 às 18h26.

Os EUA serão exportadores líquidos de petróleo bruto e produtos refinados em setembro de 2020, e até o fim do ano que vem exportarão pelo menos um milhão de barris por dia a mais do que importarão, segundo projeção do governo.

O ano que vem deverá ser o primeiro período prolongado em sete décadas em que os EUA, antes grandes importadores, exportarão o excedente de petróleo e combustível, após fazê-lo durante uma semana no fim de novembro, informou a Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) em sua projeção mensal.

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Isto prova o impacto da expansão do xisto nos EUA, país que mais do que dobrou sua produção desde 2010 e que deverá ultrapassar a marca de 13 milhões de barris por dia até o fim de 2020.

As exportações de petróleo bruto e derivados deverão aumentar rapidamente quando novos oleodutos abrirem caminho para o petróleo bombeado na gigantesca bacia de Permian, no oeste do Texas e no Novo México, para chegar à Costa do Golfo, onde será colocado em enormes navios-petroleiros com destino a refinarias da Ásia, da Europa e de outros lugares.

Mais de dois terços da mudança podem ser creditados aos embarques de derivados de petróleo, liderados pela exportação de líquidos gasosos -- como etano, butano e propano.

Saldo entre exportação e importação líquida de petróleo dos EUA ao longo do tempo (Gráfico/Bloomberg)

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