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EUA libera US$ 175 bi para pequenas empresas e considera aumentar ajuda

Neste domingo, o governo americano concedeu 2,2 milhões de empréstimos adicionais a pequenas empresas, a um valor total de US$ 175 bilhões

Homem usa máscara no rosto todo por causa do Coronavírus, em Nova York, dia 11/4/2020 (Caitlin Ochs/Reuters)
AO

Agência O Globo

Publicado em 3 de maio de 2020 às 14h57.

WASHINGTON  - O assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse neste domingo que não descartaria nenhum elemento no próximo projeto de lei de alívio aos impactos do coronavírus, incluindo mais dinheiro para os governos estaduais e locais e o programa para pequenas empresas.

Neste domingo, o governo americano promoveu com sucesso da segunda fase do programa de auxílio ao emprego para pequenas empresas, com 2,2 milhões de empréstimos de um valor total de US$ 175 bilhões, após problemas na primeira fase da iniciativa.

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Mais de 30 milhões de americanos aderiram às listas de pedido de seguro-desemprego nas últimas seis semanas e os legisladores em Capitol Hill estão discutindo uma quarta lei de alívio ao coronavírus . Os democratas estão pedindo ajuda para cidades e estados e alguns governadores alertaram para demissões em massa se não conseguirem mais recursos.

Alguns assessores do presidente republicano Donald Trump disseram que a necessidade de outro projeto de estímulo ainda não está clara. Kudlow, no entanto, disse  que "pode ​​muito bem haver uma legislação adicional", já que as autoridades estudam se os bilhões incluídos na última lei estão surtindo efeito.

"Sabemos que a economia ainda está em uma fase terrível e contracionista, com tremendas dificuldades por toda parte", disse Kudlow à  CNN. "Estamos tentando resolver isso. Não quero descartar nada neste momento. Estamos discutindo internamente e com os principais membros do Congresso."

Na quinta-feira passada, a Câmara de Representantes dos EUA aprovou, de forma esmagadora, e enviou ao presidente Donald Trump, um pacote de ajuda ao combate ao coronavírus de US$ 484 bilhões, mesmo quando os membros já estão em desacordo na próxima fase da legislação de resgate.

O assessor da Casa Branca disse que as autoridades precisam ver quais são os resultados antes de decidir sobre os próximos passos: "Apenas estamos tentando estabilizar as coisas e convencer as pessoas a fazer isso, e então veremos, em algumas semanas, o que precisa ser feito e talvez como fazê-lo".

Perguntado se a ajuda dada às pequenas empresas aumentaria novamente, dada a rapidez com que o dinheiro está sendo reivindicado, Kudlow respondeu: "Pode ser. Ainda não tomamos uma decisão. Este tem sido um programa extremamente popular e eficaz. Manter o pessoal na folha de pagamento é extremamente importante".

Embora os democratas tenham apoiado mais dinheiro para governos estaduais, locais e tribais, Mitch McConnell, líder republicano do Senado, exigiu proteção para a reabertura dee negócios contra processos relacionados à Covid-19.

Empréstimos a pequenas empresas

O número de empréstimos concedidos desde o começo da segunda fase do programa "é maior do que os concedidos durante toda a primeira fase", informaram em comunicado conjunto Steven Mnuchin, secretário do Tesouro, e Jovita Carranza, administradora da agência federal a cargo das pequenas e médias empresas.

As duas fases do programa, criado para ajudar a salvar os empregos afetados pela pandemia de Covid-19, totalizam US$ 669 bilhões de dólares.

"Cabe destacar que o valor médio de um empréstimo na fase 2 é de US$ 79 mil, uma indicação a mais de que o programa é dirigido a um grande público e ajuda as empresas de menor porte entre as menores", assinala o comunicado.

O governo Trump foi criticado por conceder, através do primeiro programa, US$ 350 bilhões a empresas às quais não correspondia a ajuda, normalmente destinada a companhias com até 500 funcionários.

O empréstimo, concedido por bancos que atuam como intermediários, converte-se em um subsídio se as empresas beneficiárias mantêm ou voltam a contratar seus funcionários.

A verba é parte de um pacote de estímulo de mais de US$ 2,7 trilhões  para apoiar a maior economia do mundo, atingida pela pandemia.

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