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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h03.
A criação de um grupo de trabalho para estudar a fusão da Varig e da TAM foi anunciada no início da tarde desta quinta-feira, 6 de fevereiro, mas desde meados de janeiro executivos das duas companhias aéreas se dedicam a estudar como utilizar melhor cinco aeroportos: Congonhas, Santos Dumont, Pampulha, Brasília e Curitiba.
A idéia é que as duas companhias encontrem uma solução para o excesso de oferta de vôos entre esses aeroportos. Nosso objetivo é avaliar como reduzir custos para atender a demanda adequadamente , afirma o diretor de planejamento da Varig, Alberto Fajerman. Pretendemos operar essas rotas, como a ponte aérea Rio-São Paulo, em conjunto. Segundo ele, não foi estabelecido um prazo para a conclusão do estudo. Além disso, as mudanças previstas só poderão ser implantadas se as autoridades aprovarem as decisões.
Além de representantes das duas empresas, o grupo de trabalho que discutirá a fusão será composto pelo Banco Fator e pela Bain&Company, consultoria de gestão que no ano passado esteve envolvida no processo de reestruturação da Varig e atualmente assessora a TAM.
Estrangeiros na mira
Fajerman afirma que há companhias aéreas estrangeiras interessadas em investir na Varig. A lei permite que sócios estrangeiros tenham até 20% de participação em empresas do setor , diz. Com a fusão, seremos ainda mais atraentes. Na opinião dele, porém, a melhor saída para a Varig e para a TAM estaria dentro do país. Creio que uma solução envolvendo o BNDES e os credores seria a melhor alternativa neste momento , afirmou.
A possibilidade de outras empresas brasileiras participarem do acordo operacional, aventada pelo ministro do Desenvolvimento, Luis Furlan, não foi considerada até agora nas discussões entre a Varig e a TAM, segundo Fajerman. Essa poderia ser uma solução também para a Vasp, terceira maior companhia aérea do país e igualmente afogada em dívidas e prejuízo.