Zona do Euro (Image Source/Getty Images)
Fabiane Stefano
Publicado em 6 de abril de 2021 às 12h58.
Ao contrário da teoria convencional, a zona do euro vai se beneficiar mais com os estímulos fiscais este ano do que os Estados Unidos, segundo o UBS.
Arend Kapteyn, responsável global por economia e pesquisa estratégica, diz que comparar diretamente o tamanho do pacote de US$ 1,9 trilhão do presidente dos EUA, Joe Biden, com as várias medidas nacionais da zona do euro e seu fundo de recuperação conjunto de 750 bilhões de euros (US$ 885 bilhões) é equivocado.
Kapteyn também diz que apenas cerca de 65% da ajuda dos EUA será desembolsada em 2021, e que parte dos gastos da zona do euro em 2020 será registrada neste ano. A conclusão, avalia, é que os EUA têm um impulso fiscal positivo de 0,5% do PIB neste ano, enquanto a zona do euro tem o dobro. Ambos são muito melhores do que a cifra global de -1,1% da produção, de acordo com o UBS Global Fiscal Stimulus Tracker.
Kapteyn diz que o peso fiscal deve ser facilmente compensado pelo crescimento do setor privado, desde que os programas de vacinação sejam bem-sucedidos e as restrições de mobilidade sejam suspensas.