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Estímulo ao crédito não aumentará a inflação, diz Mantega

Ministro acrescentou que as medidas adotadas pelo governo são, em sua maioria, de âmbito regulatório

Guido Mantega: segundo ele, a economia do país “está sólida” e não patinando como dizem alguns críticos (José Cruz/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2014 às 16h51.

Brasília - As medidas anunciadas hoje (20) pelo Ministério da Fazenda e pelo Banco Central só puderam ser adotadas graças a um cenário de melhora da economia brasileira, conforme opinião manifestada pelo ministro Guido Mantega durante o anúncio das medidas adotadas por sua pasta. Segundo ele, apesar de estimularem o crédito, as medidas não deverão aumentar a inflação no país.

“O BC tem sido muito bem sucedido. A inflação está sob controle, e com o preço de alimentos caindo. Foi por isso que ele [BC] resolveu irrigar gradualmente a economia, com medidas que melhorarão o crédito” também de forma gradual, disse Mantega. Segundo ele, a economia do país “está sólida” e não patinando como dizem alguns críticos.

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“É justamente porque a inflação está absolutamente controlada que estamos tomando essas medidas de flexibilização, a fim de irrigar com crédito alguns setores da economia”, disse o ministro. “A Copa do Mundo foi boa, apesar de ter [resultado em] menos dias úteis [para o país durante os jogos]. O cambio está estável; o fluxo de capital externo está positivo e despertando interesse no exterior. Além disso, a inflação no mês passado foi perto de zero, após vir caindo nos últimos quatro meses”, argumentou.

Segundo ele, o endividamento das famílias tem caído nos últimos meses, bem como a inadimplência. "Famílias estão habilitadas para isso, com famílias trabalhando e tendo sua massa salarial crescendo".

Mantega acrescentou que as medidas adotadas pelo governo são, em sua maioria, de âmbito regulatório, e fazem parte de um conjunto de esforços que buscam melhorar o marco regulatório. “A tendência", disse ele, "é reduzir o custo para consumidor e empresário, criando condições para redução do spread [diferença entre a taxa que os bancos pagam aos depositantes e a taxa cobrada nos empréstimos]. Mas isso é uma decisão do mercado, que é livre. O que nos cabe é criar condições para que esses custos baixem. Apenas demos as condições propícias para essa redução".

Ele nega que tais medidas tenham sido tomadas por motivos eleitorais. “Nosso ritmo não é político. Temos um fluxo de medidas que amadurecem até entrar em vigor. Mesmo durante ou após as eleições. É um fluxo permanente de medidas para aperfeiçoar o marco regulatório”, justificou.

As medidas anunciadas começarão a vigorar a partir da publicação de duas medidas provisórias, o que, segundo o ministério, deve ser feito até a semana que vem. Algumas delas dependem, ainda, de resolução do Conselho Monetário Nacional.

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