Estados Unidos não conseguem reunir grupos iraquianos
Os Estados Unidos está tentando o que muitos acreditam ser impossível: colocar numa mesma mesa inimigos iraquianos para discutir pacificamente o novo comando do país. Junto com a Inglaterra, estão organizando reuniões em várias cidades do país com líderes de grupos iraquianos. Até agora, os resultados não foram positivos. Na verdade, ainda não há resultados. […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h33.
Os Estados Unidos está tentando o que muitos acreditam ser impossível: colocar numa mesma mesa inimigos iraquianos para discutir pacificamente o novo comando do país. Junto com a Inglaterra, estão organizando reuniões em várias cidades do país com líderes de grupos iraquianos. Até agora, os resultados não foram positivos. Na verdade, ainda não há resultados.
De acordo com agências internacionais, o iraquiano escolhido pelo Pentágono como candidato ao comando do país não irá comparecer ao encontro. Ahmad Chalabi enviou um representante. O líder do principal grupo xiita muçulmano, a Corte Suprema para a Revolução Islâmica no Iraque (com sede no Irã), Abdelaziz Hakim, também decidiu boicotar o encontro. Ambos não estão de acordo com o fato de os Estados Unidos estarem conduzindo as conversações. Além disso, dizem as agências, causou desconforto a convocação do general aposentado americano Jay Garner para conduzir interinamente a administração do país. Garner está entre os participantes da reunião desta terça-feira.
Além dos líderes iraquianos, a população do país também se manifestou contra a liderança americana. Manifestações populares foram às ruas nas cidades de Ur, Nassiria e Mossul. Nesta última, pelo menos 10 pessoas foram mortas e várias dezenas ficaram feridas, quando soldados americanos abriram fogo contra a multidão.
"Há talvez 100 feridos e entre 10 e 12 mortos", disse o médico Ayad Al-Ramadhani, dos serviços de urgência do hospital da cidade, à France Press. Segundo testemunhas ouvidas pela agência, os militares abriram fogo sobre uma multidão hostil ao novo governador da cidade, Mashan al-Guburi, que na ocasião, proferia no local um discurso favorável aos Estados Unidos.