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Estados Unidos adotam novas sanções contra a Guarda Revolucionária do Irã

Os alvos das sanções são empresas de fachada dos bancos Ansar e Ansar Exchange, controlados pela IRGC, que movimentaram mais de 1 bilhão para o Irã

Os Estados Unidos aumentaram a pressão econômica sobre o Irã desde que Trump decidiu se retirar do acordo nuclear no ano passado (Sami Abdulrhman/Getty Images)
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AFP

Publicado em 26 de março de 2019 às 15h04.

O departamento do Tesouro dos Estados Unidos mirou nesta terça-feira a rede internacional que canaliza dólares e euros para a Guarda Revolucionária (IRGC), sancionando financeiramente 25 pessoas e entidades relacionadas a esse corpo militar de elite iraniano.

Os alvos das sanções são empresas de fachada dos bancos Ansar e Ansar Exchange, controlados pela IRGC, no Irã , na Turquia e nos Emirados Árabes Unidos, que, juntos, movimentaram mais de 1 bilhão para o regime de Teerã, de acordo com o Tesouro.

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Os fundos beneficiaram tanto a Guarda Revolucionária - Exército ideológico da República Islâmica - quanto o Ministério da Defesa e Logística das Forças Armadas iranianas, acrescentou a pasta americana.

As sanções tentam deixar tirar os alvos do sistema financeiro global, proibindo os cidadãos e empresas americanas, incluindo bancos internacionais com presença nos Estados Unidos, de fazer negócios com eles.

"Qualquer instituição financeira estrangeira que conscientemente facilite uma transação significativa para qualquer uma das pessoas ou entidades sancionadas hoje pode estar sujeita a sanções", advertiu o Tesouro.

As 25 pessoas e entidades sancionadas são, em sua maioria, empresas de câmbio relativamente pequenas, classificadas pelo Tesouro como "empresas de fachada", e seus proprietários e gerentes que trabalharam com o Ansar Bank e Ansar Exchange.

Além disso, os principais diretores do Ansar Bank e do Ansar Exchange foram sancionados.

"Esta vasta rede é apenas o mais recente exemplo do uso do regime iraniano de práticas enganosas para explorar o sistema financeiro global e desviar recursos para entidades sancionadas", disse o subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Inteligência Financeira, Sigal Mandelker.

Washington aumentou a pressão econômica sobre o Irã desde que o presidente Donald Trump decidiu se retirar do acordo nuclear de 2015 no ano passado, dizendo que Teerã não estava "à altura do espírito do acordo".

Em janeiro, no entanto, a diretora da Agência Central de Inteligência (CIA), Gina Haspel, disse ao Congresso que o Irã continuava cumprindo os termos do acordo.

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