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Espanhóis vão às ruas para protestar contra reforma laboral

Segundo os organizadores da manifestação, aproximadamente meio milhão de pessoas foram às ruas da capital espanhola

Protesto de hoje, em madri (getty images)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2012 às 15h03.

Madri - Convocados pelos principais sindicatos da Espanha, CCOO e UGT, milhares de cidadãos saíram às ruas do país neste domingo para protestar contra a reforma laboral aprovada pelo Governo, que, segundo o presidente, Mariano Rajoy, é 'justa, boa e necessária'.

'Não a reforma laboral. Ela é injusta com os trabalhadores, ineficaz para a economia e inútil para o emprego', defendiam os manifestantes que se espalharam por 57 cidades espanholas. Em geral, as mobilizações deste domingo não registraram incidentes graves.

A capital que registrou um maior número de manifestantes foi Madri. Segundo os organizadores da manifestação, aproximadamente meio milhão de pessoas foram às ruas da capital espanhola. Segundo os sindicatos, Barcelona contou com 400 mil manifestantes, mas, segundo os dados do Governo Regional da Catalunha, foram apenas 30 mil.

Durante a passeata de Madri era possível ouvir gritos de 'greve geral' e também visualizar inúmeros cartazes com diversas reivindicações, como 'teu botim é minha crise', 'se não há pão para o operário não haverá paz para o empresário' e 'a educação não é despesa, é investimento'.

Ao término da manifestação, representantes das juventudes sindicais espanholas leram um manifesto contrário a reforma aprovada pelo Governo, que foi considerada equivocada por não criar emprego e por deixar o mercado de trabalho à serviço dos empresários.

Durante as manifestações deste domingo, as Comissões Operárias (CCOO) e a União Geral de Trabalhadores (UGT) fizeram uma chamada aos espanhóis para firmarem uma ampla 'resposta' à reforma, advertindo que este é o início de um processo 'intenso e sustentado' de mobilizações.

Nesse sentido, os cidadãos foram convocados para se unirem à mobilização marcada para o dia 29 de fevereiro, que foi convocada pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES).

Os representantes de ambos sindicatos, Ignacio Fernández Toxo (CCOO) e Cándido Méndez (UGT), sublinharam que esta mobilização não visa nenhum tipo de confronto. A ideia é corrigir a reforma laboral e criar uma forma dos cidadãos se manifestarem contra a política de cortes que, segundo sua opinião, está impondo o Governo popular.

O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), o principal da oposição, e Esquerda Unida (IU), também respaldaram as manifestações deste domingo.

Em Madri, a porta-voz parlamentar socialista, Soraya Rodríguez, explicou que seu partido estará na rua, no Parlamento, e em todos os âmbitos para 'parar' esta reforma laboral, já que o que 'esta em jogo' é os direitos dos trabalhadores e dos desempregados.

O coordenador geral da IU, Cayo Lara, concordou que é preciso interromper 'a loucura do PP', que, segundo ele, pode gerar seis milhões de desempregados se não for corrigida. Atualmente, o número de desempregados na Espanha alcança os 5 milhões, quase 24% da população ativa.

O presidente do Governo, Mariano Rajoy, expressou seu respeito pelos protestos, mas fez questão de ressaltar que a reforma é 'justa, boa e necessária' para a Espanha.

A vice-presidente do Executivo, Soraya Sáenz de Santamaría, defendeu a reforma e afirmou que a mesma servirá para criar emprego e retomar o crescimento econômico.

A reforma laboral aprovada pelo Governo reduz a quantia da indenização para os trabalhadores que forem despedidos de forma improcedente. Com a aprovação da reforma, os trabalhadores despedidos passam a ter o seguro de 24 mensalidades, a metade do que tinham até agora (42 meses).

A maior preocupação dos sindicatos e da oposição é que a diminuição de receita 'durante três trimestres consecutivos' será um motivo suficiente para os empresários recorrerem à demissão dos funcionários. EFE

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'Não a reforma laboral. Ela é injusta com os trabalhadores, ineficaz para a economia e inútil para o emprego', defendiam os manifestantes que se espalharam por 57 cidades espanholas. Em geral, as mobilizações deste domingo não registraram incidentes graves.

A capital que registrou um maior número de manifestantes foi Madri. Segundo os organizadores da manifestação, aproximadamente meio milhão de pessoas foram às ruas da capital espanhola. Segundo os sindicatos, Barcelona contou com 400 mil manifestantes, mas, segundo os dados do Governo Regional da Catalunha, foram apenas 30 mil.

Durante a passeata de Madri era possível ouvir gritos de 'greve geral' e também visualizar inúmeros cartazes com diversas reivindicações, como 'teu botim é minha crise', 'se não há pão para o operário não haverá paz para o empresário' e 'a educação não é despesa, é investimento'.

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Durante as manifestações deste domingo, as Comissões Operárias (CCOO) e a União Geral de Trabalhadores (UGT) fizeram uma chamada aos espanhóis para firmarem uma ampla 'resposta' à reforma, advertindo que este é o início de um processo 'intenso e sustentado' de mobilizações.

Nesse sentido, os cidadãos foram convocados para se unirem à mobilização marcada para o dia 29 de fevereiro, que foi convocada pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES).

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O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), o principal da oposição, e Esquerda Unida (IU), também respaldaram as manifestações deste domingo.

Em Madri, a porta-voz parlamentar socialista, Soraya Rodríguez, explicou que seu partido estará na rua, no Parlamento, e em todos os âmbitos para 'parar' esta reforma laboral, já que o que 'esta em jogo' é os direitos dos trabalhadores e dos desempregados.

O coordenador geral da IU, Cayo Lara, concordou que é preciso interromper 'a loucura do PP', que, segundo ele, pode gerar seis milhões de desempregados se não for corrigida. Atualmente, o número de desempregados na Espanha alcança os 5 milhões, quase 24% da população ativa.

O presidente do Governo, Mariano Rajoy, expressou seu respeito pelos protestos, mas fez questão de ressaltar que a reforma é 'justa, boa e necessária' para a Espanha.

A vice-presidente do Executivo, Soraya Sáenz de Santamaría, defendeu a reforma e afirmou que a mesma servirá para criar emprego e retomar o crescimento econômico.

A reforma laboral aprovada pelo Governo reduz a quantia da indenização para os trabalhadores que forem despedidos de forma improcedente. Com a aprovação da reforma, os trabalhadores despedidos passam a ter o seguro de 24 mensalidades, a metade do que tinham até agora (42 meses).

A maior preocupação dos sindicatos e da oposição é que a diminuição de receita 'durante três trimestres consecutivos' será um motivo suficiente para os empresários recorrerem à demissão dos funcionários. EFE

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