EPE estima contratação de 38.269 MW de energia até 2018
A maior fatia, segundo apresentação feita nesta segunda pelo presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, virá de projetos hidrelétricos, com um total de 14.679 MW
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2014 às 16h16.
São Paulo - Um estudo em fase de elaboração pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) indica que os leilões de geração previstos entre 2014 e 2018 devem resultar na contratação de 38.269 MW de energia elétrica durante o quinquênio.
A maior fatia, de acordo com apresentação feita nesta segunda-feira, 19, pelo presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, virá de projetos hidrelétricos, com um total de 14.679 MW.
Na sequência aparecem projetos eólicos, com um total de 9.000 MW, e projetos térmicos abastecidos por gás natural ou carvão mineral.
Há ainda a previsão de projetos solares (3.500 MW), usinas a partir da biomassa (2.380 MW) e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
"Não falamos de sujar a matriz. A fonte hídrica continuará sendo o carro-chefe dessa expansão, mas necessitamos de certa complementação", explicou Tolmasquim, que participa nesta segunda do evento LETS, organizado pela Fiesp e pela Firjan.
O cronograma de certames prevê a realização de um leilão A-3 em junho e um leilão A-5 em setembro.
O primeiro deverá evidenciar a competitividade dos projetos eólicos, enquanto o segundo deverá ser marcado pelo fornecimento de energia a partir de fontes hídricas e térmicas.
Para tanto, haverá uma expansão do valor de custo variável considerado no certame a fim de aumentar a competitividade dos projetos térmicos a partir de gás natural e carvão.
Ainda no segundo semestre deste ano, o governo também deve realizar um leilão de reserva, o qual terá a energia fotovoltaica disputando sozinha, além de espaço para projetos a partir de resíduos sólidos.
"O grande destaque será a entrada de energia fotovoltaica pela primeira vez em grande escala na nossa matriz. Já tive uma reunião com o pessoal do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para discutirmos financiamento", revelou Tolmasquim.
Além dos projetos de geração, o governo também planeja contratar 14.400 quilômetros e linhas de transmissão entre 2014 e 2015, além de 56 subestações.
O investimento nas linhas e subestações leiloadas nesse biênio deve somar R$ 20,5 bilhões, segundo estimativas apresentadas nesta tarde.
Racionamento
Pouco antes de falar sobre o cronograma de novos leilões, Tolmasquim traçou um raio X sobre o setor energético brasileiro e fez um comparativo entre a atual situação de abastecimento e o momento vivido pelo Brasil em 2001, ano do apagão energético no país.
Fundamentado em uma série de números de expectativa de geração, consumo energético e condições climáticas, Tolmasquim transmitiu a mensagem de que um possível desabastecimento energético não é uma realidade brasileira neste momento.
"Felizmente temos um sistema muito mais preparado do que tivemos em outros momentos", destacou o executivo, após afirmar que o Brasil tem excedente energético para enfrentar 98% dos cenários traçados pelo governo.
"Isso significa que é impossível haver problema? Não. Sempre é possível haver hidrologia pior do que qualquer uma que estivermos considerando. Mas a probabilidade é baixa", complementou o executivo.
Mesmo na eventualidade de a pior série hidrológica da história, (de 1953) se repetir, o Brasil ainda teria excedente energético, segundo o presidente da EPE.
São Paulo - Um estudo em fase de elaboração pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) indica que os leilões de geração previstos entre 2014 e 2018 devem resultar na contratação de 38.269 MW de energia elétrica durante o quinquênio.
A maior fatia, de acordo com apresentação feita nesta segunda-feira, 19, pelo presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, virá de projetos hidrelétricos, com um total de 14.679 MW.
Na sequência aparecem projetos eólicos, com um total de 9.000 MW, e projetos térmicos abastecidos por gás natural ou carvão mineral.
Há ainda a previsão de projetos solares (3.500 MW), usinas a partir da biomassa (2.380 MW) e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
"Não falamos de sujar a matriz. A fonte hídrica continuará sendo o carro-chefe dessa expansão, mas necessitamos de certa complementação", explicou Tolmasquim, que participa nesta segunda do evento LETS, organizado pela Fiesp e pela Firjan.
O cronograma de certames prevê a realização de um leilão A-3 em junho e um leilão A-5 em setembro.
O primeiro deverá evidenciar a competitividade dos projetos eólicos, enquanto o segundo deverá ser marcado pelo fornecimento de energia a partir de fontes hídricas e térmicas.
Para tanto, haverá uma expansão do valor de custo variável considerado no certame a fim de aumentar a competitividade dos projetos térmicos a partir de gás natural e carvão.
Ainda no segundo semestre deste ano, o governo também deve realizar um leilão de reserva, o qual terá a energia fotovoltaica disputando sozinha, além de espaço para projetos a partir de resíduos sólidos.
"O grande destaque será a entrada de energia fotovoltaica pela primeira vez em grande escala na nossa matriz. Já tive uma reunião com o pessoal do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para discutirmos financiamento", revelou Tolmasquim.
Além dos projetos de geração, o governo também planeja contratar 14.400 quilômetros e linhas de transmissão entre 2014 e 2015, além de 56 subestações.
O investimento nas linhas e subestações leiloadas nesse biênio deve somar R$ 20,5 bilhões, segundo estimativas apresentadas nesta tarde.
Racionamento
Pouco antes de falar sobre o cronograma de novos leilões, Tolmasquim traçou um raio X sobre o setor energético brasileiro e fez um comparativo entre a atual situação de abastecimento e o momento vivido pelo Brasil em 2001, ano do apagão energético no país.
Fundamentado em uma série de números de expectativa de geração, consumo energético e condições climáticas, Tolmasquim transmitiu a mensagem de que um possível desabastecimento energético não é uma realidade brasileira neste momento.
"Felizmente temos um sistema muito mais preparado do que tivemos em outros momentos", destacou o executivo, após afirmar que o Brasil tem excedente energético para enfrentar 98% dos cenários traçados pelo governo.
"Isso significa que é impossível haver problema? Não. Sempre é possível haver hidrologia pior do que qualquer uma que estivermos considerando. Mas a probabilidade é baixa", complementou o executivo.
Mesmo na eventualidade de a pior série hidrológica da história, (de 1953) se repetir, o Brasil ainda teria excedente energético, segundo o presidente da EPE.