Empresas veem recorde de rebaixamento de crédito no Brasil
Rebaixamento da nota do país afeta as empresas, que têm de pagar mais pelas dívidas contraídas com o governo
Da Redação
Publicado em 29 de fevereiro de 2016 às 21h11.
A nota de crédito das empresas brasileiras está piorando a um ritmo recorde em um momento em que a paralisia política do país prejudica os esforços para combater uma recessão cada vez mais profunda.
A Standard & Poor’s , a Fitch Ratings e a Moody’s Investors Service distribuíram um total combinado de 129 rebaixamentos a empresas brasileiras não financeiras até esta altura do ano, média de mais de três a cada dia útil, segundo dados compilados pela Bloomberg.
É mais do que o total de rebaixamentos dos dois primeiros meses de cada ano entre 2000 e 2015.
O número provavelmente continuará subindo porque o país não consegue resolver seu crescente déficit fiscal em meio a uma recessão, segundo Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil, que ocupa o quarto lugar do ranking da Bloomberg para os analistas mais precisos da economia brasileira.
Após desfrutar de seu status de grau de investimento por sete anos, o Brasil foi rebaixado de volta para junk em 2015 em um momento em que o enfraquecimento da economia reduziu a arrecadação de impostos, tornando mais difícil para o governo Dilma Rousseff reduzir o déficit orçamentário recorde.
Além disso, a capacidade de Dilma para convencer o Congresso a aprovar medidas de austeridade tem sido prejudicada pela queda em seus índices de aprovação e pelas acusações de corrupção envolvendo alguns de seus principais assessores.
As métricas de crédito do país continuarão piorando nos próximos três anos, disse a Moody’s. E quanto mais baixa a classificação do governo, mais as empresas brasileiras precisam pagar pelos empréstimos, tornando o refinanciamento de dívidas mais difícil para elas.
“Estamos claramente vendo uma perspectiva desfavorável para as classificações de crédito do país”, disse Rostagno, de São Paulo. “O crédito continuará encarecendo cada vez mais, o que leva a uma economia mais fraca, mina a arrecadação de impostos e piora a situação fiscal do governo. Tudo isso levará a mais rebaixamentos. É um círculo vicioso”.
A nota de crédito soberana atua como um teto informal para as classificações, por isso muitas emissoras corporativas têm sua classificação reduzida como consequência do rebaixamento do governo.
Com a crise econômica do país e a queda dos preços das exportações, os tomadores de empréstimos já estão enfrentando suas próprias dificuldades.
A produção industrial caiu 11,9 por cento em dezembro em relação ao ano anterior e as vendas do varejo estão entrando em colapso.
A maioria das empresas brasileiras que informou resultados para o quarto trimestre ficou abaixo das estimativas já desanimadoras dos analistas.
A nota de crédito das empresas brasileiras está piorando a um ritmo recorde em um momento em que a paralisia política do país prejudica os esforços para combater uma recessão cada vez mais profunda.
A Standard & Poor’s , a Fitch Ratings e a Moody’s Investors Service distribuíram um total combinado de 129 rebaixamentos a empresas brasileiras não financeiras até esta altura do ano, média de mais de três a cada dia útil, segundo dados compilados pela Bloomberg.
É mais do que o total de rebaixamentos dos dois primeiros meses de cada ano entre 2000 e 2015.
O número provavelmente continuará subindo porque o país não consegue resolver seu crescente déficit fiscal em meio a uma recessão, segundo Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil, que ocupa o quarto lugar do ranking da Bloomberg para os analistas mais precisos da economia brasileira.
Após desfrutar de seu status de grau de investimento por sete anos, o Brasil foi rebaixado de volta para junk em 2015 em um momento em que o enfraquecimento da economia reduziu a arrecadação de impostos, tornando mais difícil para o governo Dilma Rousseff reduzir o déficit orçamentário recorde.
Além disso, a capacidade de Dilma para convencer o Congresso a aprovar medidas de austeridade tem sido prejudicada pela queda em seus índices de aprovação e pelas acusações de corrupção envolvendo alguns de seus principais assessores.
As métricas de crédito do país continuarão piorando nos próximos três anos, disse a Moody’s. E quanto mais baixa a classificação do governo, mais as empresas brasileiras precisam pagar pelos empréstimos, tornando o refinanciamento de dívidas mais difícil para elas.
“Estamos claramente vendo uma perspectiva desfavorável para as classificações de crédito do país”, disse Rostagno, de São Paulo. “O crédito continuará encarecendo cada vez mais, o que leva a uma economia mais fraca, mina a arrecadação de impostos e piora a situação fiscal do governo. Tudo isso levará a mais rebaixamentos. É um círculo vicioso”.
A nota de crédito soberana atua como um teto informal para as classificações, por isso muitas emissoras corporativas têm sua classificação reduzida como consequência do rebaixamento do governo.
Com a crise econômica do país e a queda dos preços das exportações, os tomadores de empréstimos já estão enfrentando suas próprias dificuldades.
A produção industrial caiu 11,9 por cento em dezembro em relação ao ano anterior e as vendas do varejo estão entrando em colapso.
A maioria das empresas brasileiras que informou resultados para o quarto trimestre ficou abaixo das estimativas já desanimadoras dos analistas.