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Empresário apresenta prova contra Severino Cavalcanti

Sebastião Buani, que denunciou esquema de propina protagonizado pelo presidente da Câmara dos Deputados, apresentou nesta quarta-feira cópia de cheque pago a Cavalcanti

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h11.

Dias após denunciar um esquema de corrupção, protagonizado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PPPE), o empresário Sebastião Buani apresentou nesta quarta-feira (14/9) uma primeira prova contra o deputado. Buani mostrou cópia do cheque de 7,5 mil reais com o qual diz ter pago Cavalcanti em troca da manutenção de seu restaurante Fiorella na Câmara dos Deputados.

Segundo Buani, que concedeu uma entrevista coletiva na sede da polícia federal, o cheque foi sacado por Gabriela Kênia da Silva Santos Martins, secretária particular do presidente da Câmara, em 30 de julho de 2002. A cópia do cheque foi entregue ao delegado do caso, Sergio Menezes.

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O empresário de Brasíila afirmou que os demais pagamentos foram feitos em dinheiro. Ele prometeu apresentar um levantamento detalhado do total pago a Severino Cavalcanti. Buani afirmou que Severino ia diariamente almoçar no restaurante Fiorella e nos dias de pagamento ele o cobrava.

Processo contra Severino

A entrega da prova provocou uma mudança na postura do PT quanto às denúncias contra Severino Cavalcanti. "Mediante a apresentação de uma prova irrefutável de seu vínculo ilegal com o empresário Sebastião Buani, a posição do PT e da bancada é por sua responsabilização e substituição imediata na presidência da Casa", afirmou o presidente do partido, Tarso Genro, depois de conversar com líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS).

Ontem, o PT não se uniu aos cinco partidos que pediram a abertura de um processo de cassação do mandato de Cavalcanti. Assinaram a representação os presidentes do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC); do PPS, deputado Roberto Freire (PE); do PDT, Carlos Luppi; e do PV, José Luiz Pena; e o procurador do PSDB, advogado Machado Couto. Também assinaram o documento entregue ao Conselho de Ética deputados do "bloco parlamentar de esquerda do PT", do P-Sol e do PMDB. Os petistas Chico Alencar (RJ) e Orlando Fantazzini (SP), membros do Conselho de Ética, não assinaram a representação.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara deve iniciar o processo na segunda ou terça-feira da próxima semana, com a nomeação do relator. Segundo o presidente do Conselho, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), depois de instaurado o processo, o deputado Severino Cavalcanti não pode mais renunciar ao mandato para se livrar de uma possível cassação e da perda dos direitos políticos até 2015.

Com informações da Agência Brasil.

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