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Emprego tem sexta taxa negativa consecutiva em julho, diz IBGE

O nível de emprego na indústria brasileira voltou a apresentar taxa negativa em julho - tanto na comparação com o mês anterior quanto em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o Instituto de Pesquisa e Geografia Estatística (IBGE), entre junho e julho houve queda de 0,2% no contingente de trabalhadores (sem […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h52.

O nível de emprego na indústria brasileira voltou a apresentar taxa negativa em julho - tanto na comparação com o mês anterior quanto em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o Instituto de Pesquisa e Geografia Estatística (IBGE), entre junho e julho houve queda de 0,2% no contingente de trabalhadores (sem influências sazonais). Trata-se da sexta taxa negativa consecutiva, o que resulta numa redução de 1,8% entre janeiro e julho deste ano. Em relação a julho de 2002, o número de demissões no setor industrial continuou superando o de admissões e a taxa ficou em -1,2%, acumulando uma queda de 0,3% no período de janeiro a julho, na comparação com igual período do ano passado.

No acumulado dos últimos doze meses, o índice mostrou estabilidade ao repetir o resultado de junho (-0,3%).

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Em relação a julho do ano passado, o resultado refletiu a redução no nível de emprego em 10 das 14 áreas analisadas pelo IBGE. As maiores influências negativas no índice geral vieram do Rio Grande do Sul (-4,8%) e de São Paulo (-1,3%).

Na contramão da tendência geral, as áreas que ampliaram o emprego foram: região Norte e Centro-Oeste (4,8%), Paraná (2,9%), Santa Catarina (2,2%) e Pernambuco (0,9%).

Segundo o IBGE, o principal impacto negativo para a redução no emprego, frente a julho de 2002, foi o corte de pessoal observado no setor de fabricação de outros produtos da indústria de transformação (-8,2%), seguido pelas indústrias têxtil (-5,8%) e de minerais não metálicos (-6,2%). Por outro lado, as contratações nos segmentos de alimentos e bebidas (1,0%), refino de petróleo e produção de álcool (10,0%) e máquinas e equipamentos - exclusive eletro-eletrônicos e de comunicações (3,2%) - foram as mais significativas, porém não conseguiram reverter a tendência de queda geral.

Folha de pagamento tem pequena expansão

Segundo os dados do IBGE, a indústria brasileira ampliou, pela segunda vez consecutiva, o valor real da folha de pagamento dos trabalhadores, com uma expansão de 0,4% entre junho e julho, já descontadas as influências sazonais. A evolução do índice médio do trimestre confirma a expansão. Entre os trimestres encerrados em maio e julho deste ano também houve um acréscimo de 0,4%.

Entretanto, a folha de pagamento de julho apresentou perda real quando comparada a outros períodos: -3,4% em relação a julho de 2002, -6,1% no acumulado do ano e -4,6% nos últimos doze meses. Na comparação com julho do ano passado, houve reduções, em termos reais, na folha de pagamento em 13 dos 14 locais pesquisados. As indústrias de São Paulo (-3,0%) e, conseqüentemente, as da região Sudeste (-3,7%) responderam, de novo, pelas contribuições de maior impacto na formação da taxa global de -3,4%.

As maiores quedas, no entanto, foram registradas na Bahia (-10,7%) e Rio de Janeiro (-8,9%).

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