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Emprego na indústria cresce em maio, mas tem queda no ano

Apesar de leve alta em no mês, indicador acumulado em 2006 é negativo em 0,6%

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h58.

A ligeira elevação de 0,2% em maio frente a abril no contingente de funcionários da indústria não foi suficiente para melhorar significativamente os resultados acumulados do setor. Só em 2006 as empresas industriais mostram um nível de emprego 0,6% menor do que nos cinco primeiros meses de 2005, enquanto nos últimos doze meses a queda é de 0,2%.

"O indicador acumulado nos últimos doze meses permanece em trajetória decrescente", afirmou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), autor da pesquisa que revelou os números. De acordo com o instituto, também havia menos funcionários na indústria em maio de 2006 do que em maio de 2005: a queda registrada é de 0,4%.

O desempenho foi gerado por onze das dezoito atividades pesquisadas - elas mais demitiram do que contrataram nesse período de um ano. O setor de calçados e artigos de couro mostrou a pior taxa de redução do emprego, de 11,4%. Também contribuiu negativamente o setor de máquinas e equipamentos, que cortou o contigente entre maio de 2005 e maio de 2006 em 6,5%.

Na análise por regiões, o Rio Grande do Sul se mostrou o principal centro de demissões na indústria. O contingente de funcionários do setor foi reduzido em 7,6% no estado. Paraná, com queda de 4%, e Nordeste, que cortou 2,4% da mão-de-obra total no período, também derrubaram o índice nacional de emprego na indústria.

Por outro lado, seis regiões contrataram mais no período. Entre elas estão Norte e Centro-Oeste, com alta de 9,8% no nível de emprego, e o estado de São Paulo, cujas contratações superaram as demissões em 0,6%. Entre as atividades, os resultados mais positivos foram encontrados nas indústrias de alimentos e bebidas (alta de 8,5%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,8%).

Renda

A folha de pagamento dos empregados da indústria manteve em maio a tendência de queda. "O indicador acumulado nos últimos doze meses apresentou crescimento de 1,7%, inferior ao de abril (2,2%) e continua em trajetória descendente desde janeiro de 2005", afirmou o IBGE.

Em relação a abril, o salário pago em maio aos funcionários ganhou 0,7% em valor. Na comparação com maio de 2005, houve estabilidade, o que derrubou de 0,4% para 0,3% o aumento acumulado no total de 2006.

O número de horas pagas na indústria ficou praticamente estável em maio frente a abril, com leve alta de 0,1%. Frente a maio de 2005, o indicador mostrou queda de 0,2%, mesmo índice acumulado nos primeiros cinco meses de 2006.

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