São Paulo - As exportações de café do Brasil, incluindo grãos verdes e produtos industrializados, deverão encerrar 2016 com uma queda de 8,1 por cento ante 2015, estimou nesta quarta-feira o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), após os embarques terem recuado em novembro pelo terceiro mês consecutivo e em nove meses ao longo deste ano.

A associação estima que as exportações de café do maior exportador global terminarão o ano em 34 milhões de sacas, ante 37,02 milhões no ano passado, com o desempenho dos embarques sendo prejudicado principalmente por uma baixa disponibilidade de grãos da variedade robusta, devido à seca.

Em novembro, o país exportou 3,07 milhões de sacas de café verde e industrializado, queda de 12,2 por cento ante o mesmo mês de 2015.

As exportações de café verde, que respondem pela maior parte do volume de negócios, caíram em novembro 14,3 por cento na comparação com o mesmo mês de 2015, para 2,78 milhões de sacas, segundo o relatório mensal do Cecafé.

Na categoria de café verde, as exportações de arábica caíram 6,7 por cento no mês, para 2,75 milhões de sacas e as de robusta despencaram 90,3 por cento, para 28,4 mil sacas, em uma performance negativa que já vinha sendo registrada ao longo do ano.

"Essa diminuição ocorre principalmente devido à redução de oferta do café conilon (robusta), reflexo do período de seca no Estado de Espírito Santo. Justamente por isso, acreditamos que devemos fechar o ano civil em cerca de 34 milhões de sacas exportadas", disse o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, em nota.

Os embarques de café do Brasil subiram, na comparação anual, apenas em fevereiro e em agosto, segundo dados do Cecafé.

Em relação aos cafés industrializados, o país exportou 295,6 mil sacas em novembro, alta de 14,7 por cento ante o mesmo mês em 2015.