Economia

Economistas estão céticos diante da economia brasileira, diz WSJ

Jornal americano afirma que promessas de Lula para impulsionar crescimento não são suficientes

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h44.

Economistas e investidores estão céticos quanto às promessas do presidente Lula de impulsionar a economia brasileira, afirma o norte-americano The Wall Street Journal. Em reportagem publicada nesta quarta-feira (18/4), o jornal diz que o segundo mandato do líder tem sido marcado por atrasos na definição de sua equipe e pela crise no setor aéreo, o que tem mantido Lula longe dos crônicos problemas do país: impostos, previdência e legislação trabalhista.

A reportagem lembra que o Brasil tem crescido menos do que os vizinhos da América Latina, "sem mencionar estrelas do mercado emergente como China e Índia". Em 2006, o país cresceu 3,7%. "Muitos economistas dizem que, para crescer mais, o Brasil precisa cortar sua carga de impostos, reduzir o tamanho do governo e eliminar entraves burocráticos que encarecem os negócios", continua o The Wall Street Journal.

As propostas lançadas por Lula para desenvolver a economia, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), têm convivido com barreiras políticas, segundo a reportagem, como escândalos políticos que retiraram aliados do governo e a demora em preencher cargos importantes da administração. Beneficiada por condições externas favoráveis, no entanto, a economia brasileira tem conseguido se manter em crescimento modesto, continua o jornal: "Graças à forte demanda chinesa por commodities mineiras e agrícolas do Brasil, e uma ampla liquidez nos mercados globais, as reservas internacionais brasileiras chegaram a um recorde de mais de 110 bilhões de dólares".

O jornal cita ainda o esforço do Banco Central para reduzir as taxas de juros e a projeção de crescimento do país para este ano, que está entre 4% e 4,5%. "Crescimento moderado e inflação baixa, combinados com pesados gastos sociais, estão formando uma combinação vitoriosa politicamente para Lula, cuja popularidade está acima de 60%". Os investidores, no entanto, parecem não tão contentes. Segundo o Wall Street Journal, o que eles querem são mudanças econômicas muito mais complexas do que as propostas por Lula, como uma reformulação da legislação trabalhista, que impõe benefícios e custos não ligados a salário muito superiores à média regional, de acordo com o Banco Mundial.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Inflação de agosto desacelera e fica em -0,02%; IPCA acumulado de 12 meses cai para 4,24%

Por que o cenário de deflação na China vem preocupando o mercado?

Câmara aprova urgência para analisar renegociação da dívida dos estados

Câmara aprova urgência para projeto que define compensação à desoneração da folha