Economia avalia revisar para cima previsão de crescimento em 2023, afirma Haddad
Ministro citou a surpresa do mercado com o crescimento da atividade na passagem de janeiro para fevereiro
Agência de notícias
Publicado em 28 de abril de 2023 às 19h21.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad , disse nesta sexta-feira, 28, que a pasta pode revisar para cima a previsão de crescimento econômico neste ano, após citar a surpresa do mercado com o crescimento da atividade na passagem de janeiro para fevereiro.
Depois da agenda de reuniões com empresários das indústrias de cerveja e de higiene pessoal no gabinete do ministério na capital paulista, Haddad disse, em entrevista a jornalistas, que as previsões de mercado ao Produto Interno Bruto (PIB) melhoraram e alguns bancos já falam em crescimento de 2% em 2023.
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Sem adiantar qual pode ser a nova previsão do ministério, o ministro declarou que a equipe econômica deve também melhorar o prognóstico. "Nós mesmos, da Fazenda, estamos pensando em reestimar para mais a expectativa de crescimento em 2023."
Conforme mostrou hoje o IBC-Br, índice do Banco Central (BC) que mede mensalmente a atividade, a economia brasileira cresceu 3,32% em fevereiro contra janeiro, acima da taxa de 1,1% aguardada pelo mercado na mediana das previsões coletadas pelo Projeções Broadcast.
Desemprego
Questionado sobre o avanço da taxa de desemprego, que marcou 8,8% no primeiro trimestre - contra 7,9% do último trimestre de 2022 -, o ministro preferiu destacar a melhora do dado no comparativo anual. Frente aos três primeiros meses do ano passado, quando a desocupação estava em 11,1%, a taxa, comentou Haddad, ficou "bem menor".
Ele pontuou que, em março, a geração de empregos formais apontada ontem no Caged foi "o dobro da esperada pelo mercado". Aproveitou também o tema para falar sobre os juros altos. "Ela taxa de desemprego pode ser ainda menor se fizermos os ajustes necessários para a taxa de juros cair", disse o ministro, acrescentando que vê "espaço importante" para os juros recuarem, reativando assim a economia e os investimentos. "Estamos insistindo muito que temos que ajustar a taxa de juros para a economia voltar a crescer", assinalou.