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Economia alemã deve voltar a crescer, apontam indicadores

Empresas do país mostram-se mais otimistas e setor privado registrou maior crescimento em um ano

Alemanha: o índice de confiança dos setores financeiros do país atingiu seu patamar mais alto desde maio de 2010 (Sean Gallup/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2013 às 19h29.

Após um primeiro trimestre de 2012 fraco, a economia alemã parece ver a luz no fim do túnel, a julgar pelos indicadores publicados esta semana, entre eles o Ifo, divulgado nesta sexta-feira, que reflete o otimismo das empresas.

Zew, PMI, Ifo: um após o outro, estes três indicadores mostraram melhores cifras do que o esperado em janeiro na Alemanha, gerando maior confiança, apesar da prudência do governo, que reduziu em meados de janeiro sua previsão de crescimento para 2013 a 0,4%, contra 1% até agora.

O Ifo ficou em 104,2 pontos, seu nível mais alto em sete meses. As 7.000 empresas alemãs consultadas se mostraram mais otimistas, tanto em relação à conjuntura para os próximos seis meses como sobre a situação atual da economia do país.

Na quinta-feira, a primeira estimativa do índice PMI de janeiro feita pelo instituto Markit refletiu o novo vigor da atividade do setor privado alemão, que registrou seu maior crescimento em um ano.

O setor dos serviços teve em janeiro seu crescimento mais forte em um ano e meio, enquanto a produção industrial apontou sua primeira alta desde março de 2012.

Na terça-feira, o índice de confiança dos setores financeiros alemães, o Zew, teve um aumento espetacular de 24,6 pontos em um mês, ficando em 31,5 pontos, seu nível mais alto desde maio de 2010.

"Após a surpresa do Zew e um PMI impressionante, a confiança dos empresários superou as expectativas dos mercados. Há sinais tangíveis de que o ambiente econômico na primeira economia da União Europeia melhora", comentou Anita Paluch de Gekko Markets.


De fato nesta sexta-feira, após a publicação do Ifo, o índice Dax da Bolsa de Frankfurt bateu um novo recorde dos últimos cinco anos, alcançando os 7.844 pontos até as 11h12 de Brasília.

"A Alemanha deixou para trás seu fraco desempenho" do quarto trimestre de 2012 - quando seu PIB se contraiu 0,5% segundo uma cifra provisória - e o país "está em um bom caminho para voltar a ser o motor (econômico) da Europa", acrescentou Paluch.

A Alemanha tem todas as possibilidades para voltar a arrancar, graças a "bons fundamentos econômicos, como um setor de exportação altamente competitivo, políticas fiscais saudáveis e um mercado trabalhista robusto", segundo o economista do banco Berenberg, Christian Schulz.

Um "novo período de crescimento prolongado" deveria "também ajudar a seus sócios da zona do euro a seguir em frente", estimou.

O dinamismo alemão chegaria em um bom momento para a Itália e a Espanha, em recessão, assim como para a França, onde a situação econômica piora, com a queda da atividade do setor privado assim como da confiança dos industriais franceses em janeiro.

"Com a incerteza ligada à crise da dívida soberana dissipada, os investimentos das empresas (alemãs) serão retomados", afirmou Jörg Krämer, economista chefe do Commerzbank.


No ano passado, diante do aumento da incerteza, os investimentos caíram fortemente na Alemanha, em particular nos bens de equipamento (-4,4%), segundo as cifras publicadas em meados de janeiro pelo escritório federal de estatísticas Destatis. Isso pesou consideravelmente sobre a desaceleração do crescimento anual do país, a 0,7% contra 3% em 2011.

Resta saber se o consumo na Alemanha, de importância crucial para seus sócios europeus, vai se acelerar este ano, após um aumento de 0,8% em 2012. O termômetro GfK da confiança dos consumidores pode dar, na terça-feira, os primeiros elementos desta resposta.

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Após um primeiro trimestre de 2012 fraco, a economia alemã parece ver a luz no fim do túnel, a julgar pelos indicadores publicados esta semana, entre eles o Ifo, divulgado nesta sexta-feira, que reflete o otimismo das empresas.

Zew, PMI, Ifo: um após o outro, estes três indicadores mostraram melhores cifras do que o esperado em janeiro na Alemanha, gerando maior confiança, apesar da prudência do governo, que reduziu em meados de janeiro sua previsão de crescimento para 2013 a 0,4%, contra 1% até agora.

O Ifo ficou em 104,2 pontos, seu nível mais alto em sete meses. As 7.000 empresas alemãs consultadas se mostraram mais otimistas, tanto em relação à conjuntura para os próximos seis meses como sobre a situação atual da economia do país.

Na quinta-feira, a primeira estimativa do índice PMI de janeiro feita pelo instituto Markit refletiu o novo vigor da atividade do setor privado alemão, que registrou seu maior crescimento em um ano.

O setor dos serviços teve em janeiro seu crescimento mais forte em um ano e meio, enquanto a produção industrial apontou sua primeira alta desde março de 2012.

Na terça-feira, o índice de confiança dos setores financeiros alemães, o Zew, teve um aumento espetacular de 24,6 pontos em um mês, ficando em 31,5 pontos, seu nível mais alto desde maio de 2010.

"Após a surpresa do Zew e um PMI impressionante, a confiança dos empresários superou as expectativas dos mercados. Há sinais tangíveis de que o ambiente econômico na primeira economia da União Europeia melhora", comentou Anita Paluch de Gekko Markets.


De fato nesta sexta-feira, após a publicação do Ifo, o índice Dax da Bolsa de Frankfurt bateu um novo recorde dos últimos cinco anos, alcançando os 7.844 pontos até as 11h12 de Brasília.

"A Alemanha deixou para trás seu fraco desempenho" do quarto trimestre de 2012 - quando seu PIB se contraiu 0,5% segundo uma cifra provisória - e o país "está em um bom caminho para voltar a ser o motor (econômico) da Europa", acrescentou Paluch.

A Alemanha tem todas as possibilidades para voltar a arrancar, graças a "bons fundamentos econômicos, como um setor de exportação altamente competitivo, políticas fiscais saudáveis e um mercado trabalhista robusto", segundo o economista do banco Berenberg, Christian Schulz.

Um "novo período de crescimento prolongado" deveria "também ajudar a seus sócios da zona do euro a seguir em frente", estimou.

O dinamismo alemão chegaria em um bom momento para a Itália e a Espanha, em recessão, assim como para a França, onde a situação econômica piora, com a queda da atividade do setor privado assim como da confiança dos industriais franceses em janeiro.

"Com a incerteza ligada à crise da dívida soberana dissipada, os investimentos das empresas (alemãs) serão retomados", afirmou Jörg Krämer, economista chefe do Commerzbank.


No ano passado, diante do aumento da incerteza, os investimentos caíram fortemente na Alemanha, em particular nos bens de equipamento (-4,4%), segundo as cifras publicadas em meados de janeiro pelo escritório federal de estatísticas Destatis. Isso pesou consideravelmente sobre a desaceleração do crescimento anual do país, a 0,7% contra 3% em 2011.

Resta saber se o consumo na Alemanha, de importância crucial para seus sócios europeus, vai se acelerar este ano, após um aumento de 0,8% em 2012. O termômetro GfK da confiança dos consumidores pode dar, na terça-feira, os primeiros elementos desta resposta.

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