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Dose de US$1 torna Japão um dos maiores consumidores de café

O mercado de bebidas que mais rapidamente cresce no Japão não é o das cervejas artesanais nem o das vitaminas de fruta

Copo de café preto ao lado de fora de loja da 7-Eleven, em Tóquio, Japão (Kiyoshi Ota/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2015 às 22h34.

O mercado de bebidas que mais rapidamente cresce no Japão não é o das cervejas artesanais nem o das vitaminas de fruta. É o dos copinhos de café preto que custam US$ 1 nas lojas de conveniência 7-Eleven do país.

“O café da loja de conveniência é ótimo, considerando-se o preço baixo”, disse Kiyoshi Fujimoto, 50, professor em Tóquio.

Ele calcula que toma quatro vezes mais café nessas lojas, conhecidas localmente como “conbinis”, do que na Starbucks Corp. e que gasta cerca de um terço do valor.

As vendas de café nas lojas de conveniência aumentaram 48 por cento no ano passado. Essa foi a parte do mercado de bebidas japonês que cresceu mais rapidamente, pois os cafezinhos de US$ 1 fizeram com que o consumo batesse um recorde.

O Japão é o terceiro maior importador de café do mundo, depois dos EUA e da Alemanha, disse Kazuyuki Kajiwara, gerente-geral do departamento de bebidas da empresa de comércio exterior Marubeni Corp.

As importações de grãos e outros produtos chegaram a 459.708 toneladas no ano passado, de acordo com o grupo de torrefação All Japan Coffee Association.

Os maiores fornecedores são Brasil, Vietnã e Colômbia, mostram dados do governo. O consumo atingiu o pico recorde de 449.908 toneladas no ano passado, disse a associação de café.

A 7-Eleven, que dirige 17.600 lojas de conveniência no país, pretende dar um impulso de 21 por cento às vendas, para 850 milhões de cafezinhos por ano até fevereiro, de acordo com Yasushi Kamata, diretor da companhia.

A FamilyMart Co., terceira maior operadora japonesa de lojas de conveniência, visa reforçar as vendas de cafezinho em 11 por cento, disse a porta-voz Natsu Takaoka.

Cafeterias mais lucrativas

Starbucks abriu no Japão em 1996, seu primeiro mercado fora da América do Norte, e agora possui 1.100 filiais em todo o país, disse James Olson, porta-voz da companhia de Seattle, por e-mail.

As cafeterias japonesas estão entre as mais lucrativas da rede, disse ele. A companhia não revela nem a quantidade de café que compra para o Japão nem quanto vende no país, disse Olson.

Tully’s Coffee, também de Seattle, tem 588 filiais no Japão, de acordo com o site da empresa.

Cerca de 10 por cento dos grãos importados pelo Japão abastecem as lojas de conveniência e a 7-Eleven representa cerca de metade desse volume, disse Kajiwara.

A Lawson Inc., a segunda maior operadora de lojas de conveniência do Japão, também prepara e vende café, por 100 ienes (US$ 0,81), assim como a 7-Eleven e a FamilyMart.

“Assalariados e donas de casa dizem que os cafés no Starbucks” e em outras redes de cafeterias são caros demais para comprar todos os dias, disse Akio Yoshizawa, vice-diretor da divisão de merchandising da Lawson.

A previsão é de que a demanda por café crescerá cerca de 2 por cento anualmente no Japão, disse Kajiwara, da Marubeni, que importa grãos para a 7-Eleven.

O consumo per capita aumentará de 3,5 quilogramas para 5 quilogramas por ano, disse ele.

Café em ‘conbinis’

A quantidade de café preparado na hora nas lojas cresceu 48 por cento em 2014 e as vendas devem aumentar 17,3 por cento, para 175,9 bilhões de ienes (US$ 1,4 bilhões), neste ano, de acordo com a Fuji Keizai, um grupo de pesquisa em Tóquio.

O mercado total de bebidas do Japão se contraiu 1,5 por cento, para 4,98 trilhões de ienes, em 2014, disse o grupo em um relatório de maio.

Não apenas a demanda por café feito na hora está crescendo. Cerca de 100.000 toneladas do total do café importado pelo Japão foram utilizadas para produzir café instantâneo e uma quantidade semelhante se destinou à produção de café em lata, de acordo com Kajiwara.

A unidade japonesa da Coca-Cola Co. e a Suntory Beverage Food Ltd. são as maiores fabricantes de café em latinhas pronto para consumir, vendido principalmente em máquinas automáticas.

“As lojas de conveniência criaram uma demanda adicional”, disse Kajiwara. “Elas estão vendendo um café melhor do que a média pelo preço mais barato do mundo”.

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“O café da loja de conveniência é ótimo, considerando-se o preço baixo”, disse Kiyoshi Fujimoto, 50, professor em Tóquio.

Ele calcula que toma quatro vezes mais café nessas lojas, conhecidas localmente como “conbinis”, do que na Starbucks Corp. e que gasta cerca de um terço do valor.

As vendas de café nas lojas de conveniência aumentaram 48 por cento no ano passado. Essa foi a parte do mercado de bebidas japonês que cresceu mais rapidamente, pois os cafezinhos de US$ 1 fizeram com que o consumo batesse um recorde.

O Japão é o terceiro maior importador de café do mundo, depois dos EUA e da Alemanha, disse Kazuyuki Kajiwara, gerente-geral do departamento de bebidas da empresa de comércio exterior Marubeni Corp.

As importações de grãos e outros produtos chegaram a 459.708 toneladas no ano passado, de acordo com o grupo de torrefação All Japan Coffee Association.

Os maiores fornecedores são Brasil, Vietnã e Colômbia, mostram dados do governo. O consumo atingiu o pico recorde de 449.908 toneladas no ano passado, disse a associação de café.

A 7-Eleven, que dirige 17.600 lojas de conveniência no país, pretende dar um impulso de 21 por cento às vendas, para 850 milhões de cafezinhos por ano até fevereiro, de acordo com Yasushi Kamata, diretor da companhia.

A FamilyMart Co., terceira maior operadora japonesa de lojas de conveniência, visa reforçar as vendas de cafezinho em 11 por cento, disse a porta-voz Natsu Takaoka.

Cafeterias mais lucrativas

Starbucks abriu no Japão em 1996, seu primeiro mercado fora da América do Norte, e agora possui 1.100 filiais em todo o país, disse James Olson, porta-voz da companhia de Seattle, por e-mail.

As cafeterias japonesas estão entre as mais lucrativas da rede, disse ele. A companhia não revela nem a quantidade de café que compra para o Japão nem quanto vende no país, disse Olson.

Tully’s Coffee, também de Seattle, tem 588 filiais no Japão, de acordo com o site da empresa.

Cerca de 10 por cento dos grãos importados pelo Japão abastecem as lojas de conveniência e a 7-Eleven representa cerca de metade desse volume, disse Kajiwara.

A Lawson Inc., a segunda maior operadora de lojas de conveniência do Japão, também prepara e vende café, por 100 ienes (US$ 0,81), assim como a 7-Eleven e a FamilyMart.

“Assalariados e donas de casa dizem que os cafés no Starbucks” e em outras redes de cafeterias são caros demais para comprar todos os dias, disse Akio Yoshizawa, vice-diretor da divisão de merchandising da Lawson.

A previsão é de que a demanda por café crescerá cerca de 2 por cento anualmente no Japão, disse Kajiwara, da Marubeni, que importa grãos para a 7-Eleven.

O consumo per capita aumentará de 3,5 quilogramas para 5 quilogramas por ano, disse ele.

Café em ‘conbinis’

A quantidade de café preparado na hora nas lojas cresceu 48 por cento em 2014 e as vendas devem aumentar 17,3 por cento, para 175,9 bilhões de ienes (US$ 1,4 bilhões), neste ano, de acordo com a Fuji Keizai, um grupo de pesquisa em Tóquio.

O mercado total de bebidas do Japão se contraiu 1,5 por cento, para 4,98 trilhões de ienes, em 2014, disse o grupo em um relatório de maio.

Não apenas a demanda por café feito na hora está crescendo. Cerca de 100.000 toneladas do total do café importado pelo Japão foram utilizadas para produzir café instantâneo e uma quantidade semelhante se destinou à produção de café em lata, de acordo com Kajiwara.

A unidade japonesa da Coca-Cola Co. e a Suntory Beverage Food Ltd. são as maiores fabricantes de café em latinhas pronto para consumir, vendido principalmente em máquinas automáticas.

“As lojas de conveniência criaram uma demanda adicional”, disse Kajiwara. “Elas estão vendendo um café melhor do que a média pelo preço mais barato do mundo”.

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