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Dólar tem leves variações e se mantém abaixo de R$2,30

Pesquisa Datafolha mostrou empate técnico entre a presidente Dilma Rousseff e a ex-senadora Marina Silva nos dois turnos

Câmbio: às 9h11, a moeda norte-americana subia 0,13%, a 2,2942 reais na venda (Bruno Domingos/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2014 às 12h18.

São Paulo - O dólar operava com leves variações nesta quinta-feira, após três sessões consecutivas de alta, com investidores relutando em sustentar as cotações acima do teto informal de 2,30 reais diante da possibilidade de o Banco Central intensificar a atuação no câmbio devido aos impactos sobre a inflação.

A tranquilidade também refletia algum alívio em relação à possibilidade de os juros norte-americanos subirem mais cedo que o esperado, após números fracos sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos .

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Às 12h, a moeda norte-americana tinha variação negativa de 0,07 por cento, a 2,2896 reais na venda. A divisa ultrapassou os 2,30 reais no intradia da sessão passada, mas fechou abaixo desse patamar, com alta de 0,22 por cento.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 252 milhões de dólares.

"O BC já demonstrou preocupação com o nível de 2,30 reais, então o mercado fica cauteloso quando nos aproximamos desse patamar", afirmou o gerente de câmbio da corretora Advanced, Celso Siqueira.

Expectativas de perda de ímpeto da candidata Marina Silva (PSB) contra a presidente Dilma Rousseff (PT) --que tem sido alvo das críticas de investidores--, confirmadas na véspera pela pesquisa do Datafolha, têm impulsionado o dólar nas últimas semanas, além da ansiedade antes da reunião da semana que vem do Federal Reserve, banco central norte-americano.

Alguns investidores apostam que o Fed pode sinalizar que a alta dos juros norte-americanos virá mais cedo que o esperado, o que atrairia recursos aplicados em outras economias. Mas essa perspectiva perdeu um pouco de força nesta sessão, após o número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA subir inesperadamente na semana passada.

Aqui, o fortalecimento recente da moeda norte-americana tende a pressionar a inflação, pois encarece importados. Nos mercados, isso acendeu a luz amarela para a possibilidade de o Banco Central aumentar as rolagens de swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares.

"Sem dúvida nenhuma, o BC está de olho e pode agir se a escalada continuar", afirmou o operador de um importante banco nacional.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps pelas atuações diárias, com volume equivalente a 197,6 milhões de dólares. Foram 1 mil contratos para 1º de junho e 3 mil para 1º de setembro de 2015.

O BC também vendeu a oferta total de até 6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 1º de outubro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 18 por cento do lote total, que corresponde a 6,677 bilhões de dólares.

Atualizado às 12h18

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