Documento vaza e revela ceticismo da Europa sobre Grécia
Reportagem do Financial Times mostra que líderes europeus acreditam que a Grécia pode precisar de mais ajuda que o imaginado
Da Redação
Publicado em 21 de fevereiro de 2012 às 16h25.
São Paulo – Um documento que foi distribuído aos líderes europeus que participaram das reuniões que levaram a um novo resgate da Grécia revelou que o ceticismo em relação ao futuro do país helênico é bem maior do que se imaginava. De acordo com o jornal Financial Times , que revelou o conteúdo do documento, a Europa considera que o cenário sobre o qual foram feitas as projeções para a normalização da situação econômica grega são otimistas demais.
O documento de dez páginas revela que as próprias autoridades europeias temem que os cortes de gastos exigidos de Atenas para a liberação do segundo pacote bilionário de ajuda possam aprofundar a recessão no país.
O plano de resgate desenhado pelos líderes europeus não deve funcionar porque foi elaborado a partir de premissas irrealistas que permitiriam que a dívida grega recuasse a 120% do PIB em 2020.
Na verdade, o documento revela que a Europa considera ser mais provável que as dívidas cheguem a 178% do PIB em 2015. Caso a economia reaja e a Grécia realmente coloque em prática um programa de privatizações, esse percentual poderia cair para 160% do PIB em 2020 – ainda considerado insustentável.
Sem poder contar com os credores privados, que perderam muito dinheiro com a renegociação das dívidas gregas, o país poderia precisar de uma ajuda total de 245 bilhões de euros nos próximos oito anos.
Caso novos choques econômicos voltem a tirar a economia grega dos trilhos, a ajuda necessária pode se tornar ainda mais elevada.
São Paulo – Um documento que foi distribuído aos líderes europeus que participaram das reuniões que levaram a um novo resgate da Grécia revelou que o ceticismo em relação ao futuro do país helênico é bem maior do que se imaginava. De acordo com o jornal Financial Times , que revelou o conteúdo do documento, a Europa considera que o cenário sobre o qual foram feitas as projeções para a normalização da situação econômica grega são otimistas demais.
O documento de dez páginas revela que as próprias autoridades europeias temem que os cortes de gastos exigidos de Atenas para a liberação do segundo pacote bilionário de ajuda possam aprofundar a recessão no país.
O plano de resgate desenhado pelos líderes europeus não deve funcionar porque foi elaborado a partir de premissas irrealistas que permitiriam que a dívida grega recuasse a 120% do PIB em 2020.
Na verdade, o documento revela que a Europa considera ser mais provável que as dívidas cheguem a 178% do PIB em 2015. Caso a economia reaja e a Grécia realmente coloque em prática um programa de privatizações, esse percentual poderia cair para 160% do PIB em 2020 – ainda considerado insustentável.
Sem poder contar com os credores privados, que perderam muito dinheiro com a renegociação das dívidas gregas, o país poderia precisar de uma ajuda total de 245 bilhões de euros nos próximos oito anos.
Caso novos choques econômicos voltem a tirar a economia grega dos trilhos, a ajuda necessária pode se tornar ainda mais elevada.