Economia

Dnit não tem dinheiro suficiente para manutenção de rodovias

Órgão precisa de 6 bilhões de reais, mas só tem 3,9 bilhões

RODOVIAS: Governo finaliza redação da medida provisória que busca destravar concessões, especificamente nas áreas de rodovias, ferrovias e aeroportos / Pulsar Imagens (Pulsar Imagens/Divulgação)

RODOVIAS: Governo finaliza redação da medida provisória que busca destravar concessões, especificamente nas áreas de rodovias, ferrovias e aeroportos / Pulsar Imagens (Pulsar Imagens/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de fevereiro de 2018 às 09h48.

Brasília - A decisão do governo de repassar à iniciativa privada operações simples de tapa-buracos, cortes de vegetação e sinalização de rodovias é reflexo direto da incapacidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) de realizar plenamente a sua função básica: cuidar de todas as rodovias federais. Com 55 mil quilômetros de estradas para administrar, o Dnit viu seu orçamento encolher de R$ 9 bilhões em 2017 para R$ 8,2 bilhões neste ano. Para se ter uma ideia do que isso significa, em 2011, o Dnit chegou a executar mais de R$ 14,7 bilhões, isso sem considerar a correção monetária no período.

Do total previsto para 2018, R$ 3,9 bilhões serão utilizados para os serviços de manutenção da malha, quando o mínimo necessário para realizar essa tarefa chega a R$ 6 bilhões, ou seja, há um rombo de mais de R$ 2,1 bilhões no orçamento que deveria ser aplicado nas estradas. Na prática, é como se o orçamento de 2018 só conseguisse cobrir as necessidades das estradas até agosto. Os R$ 4,3 bilhões restantes do orçamento de 2018 serão aplicados em obras mais pesadas e trechos de duplicação.

"Não é o ideal, mas é preciso compreender o momento fiscal em que o País se encontra. Se não temos o que é necessário, temos que priorizar trechos. Além disso, faremos as manutenções básicas, sem restaurações mais pesadas", diz diretor-geral do Dnit, Valter Casimiro.

Os dados da pesquisa CNT Rodovias divulgados no fim do ano passado já apontaram que, entre 2016 e 2017, houve uma piora no índice das rodovias classificadas como ótimas, caindo de 53% para 48%.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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