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Dívida pública como proporção do PIB deve subir até 2020, diz S&P

Dívida bruta como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) deverá continuar subindo até 2020 e depois estabilizará, segundo diretora

S&P: melhora do rating do Brasil no longo prazo estará relacionada com o avanço do quadro das contas públicas (Stan Honda/AFP/AFP)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de março de 2017 às 14h50.

Nova York - A diretora-executiva de Rating Soberano da Standard & Poor's , Lisa Schineller, afirmou que adívida bruta como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) deverá continuar subindo até 2020 e depois estabilizará, mesmo com a adoção pelo governo do teto de gastos federais.

"Isso ocorrerá porque o PIB do País está num ritmo abaixo do seu potencial", apontou. "Sem crescimento sólido, a perspectiva para a evolução da economia no longo prazo é limitada."

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Lisa ressaltou que a melhora do rating do Brasil no longo prazo estará relacionada com o avanço do quadro das contas públicas do País.

"É importante ocorrer uma evolução fiscal, cujo quadro se deteriorou há alguns anos. Saiu de uma situação marcada por superávits primários e agora registra déficits."

Para a diretora da S&P, contudo, o setor externo "é um fator de força" do Brasil, pois já ocorreu nos anos recentes um ajuste substancial do déficit na conta corrente, o que colaborou para o acúmulo de um volume expressivo de reservas internacionais.

'Vários governos'

Lisa Schineller afirmou que "vários governos serão necessários no Brasil" para atacar os problemas da área fiscal. Mesmo com a adoção do teto de gastos, o País deve registrar déficit primário por alguns anos e precisará de reformas estruturais para levar o Orçamento ao equilíbrio no longo prazo.

Segundo ela, a reforma da Previdência é importante para conter a velocidade do déficit do setor anos à frente. Ela ponderou que para a análise do rating do Brasil "certamente será observada" a dinâmica dos debates sobre a proposta do governo para mudanças na Previdência que está no Congresso.

Para o cenário econômico relativo ao próximo ano, Lisa Schineller destacou que os investimentos poderão ser afetados por "incertezas" que o País enfrentará, como as eleições presidenciais. "A questão do combate à corrupção deverá ser avaliada pelos eleitores em 2018", apontou.

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