A dívida do governo federal em títulos públicos aumentou 2,25% em março, e o prazo médio dos vencimentos caiu para 30 meses em relação a fevereiro. Os resultados foram divulgados em nota à imprensa nesta terça-feira (20/4) pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central (BC).

A Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) atingiu 759,9 bilhões de reais, especialmente em razão do pagamento de juros e da emissão de novos títulos, num total de 6,1 bilhões. A dívida cambial (títulos cujo rendimento tem como parâmetro da variação do dólar) diminuiu para 9,2% do total devido ao resgate no mercado em março, o governo não rolou os títulos cambiais e ao efeito da redução da desvalorização da moeda americana em relação ao real.

De acordo com a nota do Tesouro e do BC, o prazo médio da emissão dos títulos em março foi de 23,8 meses, mais curto que o registrado em fevereiro. O motivo para a redução foi a maior participação dos títulos com rendimento pré-fixado que vencem em períodos menores. Em fevereiro, o prazo médio do total da dívida (títulos emitidos no mês mais o estoque do que já estava no mercado) era de 30,7 meses.

Desde novembro de 2000, os títulos prefixados não tinham uma participação (15,4%) tão grande no total da dívida. Segundo o BC, o percentual é "compatível com o objetivo de 2003 do Plano Anual de Financiamento do Tesouro Nacional (PAF), de 13% a 23%".