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Dívida bruta chega a 90% do PIB, valor recorde da série histórica

De acordo com o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, um dos principais motivos para este movimento foi o efeito cambial

(Reprodução/Thinkstock)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de março de 2021 às 12h51.

Última atualização em 31 de março de 2021 às 12h55.

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, afirmou nesta quarta-feira, 31, que a Dívida Bruta do Governo Geral , de 90,0% do Produto Interno Bruto (PIB) em fevereiro, representa um valor recorde para a série histórica.

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Segundo ele, um dos principais motivos para este movimento foi o efeito cambial. Na prática, a desvalorização cambial em fevereiro elevou a dívida externa.

De janeiro para fevereiro, a dívida externa passou de 11,1% do Produto Interno Bruto (PIB) para 11,5%. Como a dívida bruta não leva em conta as reservas internacionais do Brasil, isso impulsionou a dívida bruta.

No caso da dívida líquida, o aumento verificado em fevereiro foi impactado por novas emissões líquidas de dívida por parte do Tesouro Nacional, em um cenário de déficits nominais. De janeiro para fevereiro, a dívida líquida passou de 61,4% para 61,6% do PIB.

"O aumento da dívida líquida em fevereiro só não foi maior porque o ajuste cambial reduziu montante", afirmou Rocha, em coletiva de imprensa sobre as Estatísticas Fiscais de fevereiro, publicadas pela manhã.

Na prática, com a desvalorização cambial de fevereiro, a dívida líquida foi favorecida, já que é levado em consideração, neste caso, o montante das reservas internacionais.

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