Dilma defende austeridade e incentivos para combater crise
Presidente defendeu a combinação de medidas como receita para superar a atual crise econômica global
Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2012 às 13h27.
São Paulo - A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira a combinação de medidas de austeridade fiscal e de incentivo ao crescimento econômico como receita para superar a atual crise econômica global.
"A responsabilidade fiscal é tão necessária quanto são imprescindíveis as medidas de estímulo ao crescimento", disse a presidente durante discurso no "Fórum pelo progresso social: o crescimento como saída da crise", organizado pelo Instituto Lula e pela Fundação Jean Jaurès, em Paris.
"É muito importante a posição da França nesse momento no sentido de apresentar um caminho claro que combine os dois aspectos fundamentais", elogiou Dilma.
A presidente também defendeu a criação de uma "efetiva união bancária" na zona do euro como passo fundamental para superar a crise econômica na região, e alertou que cortes radicais de gastos que gerem uma recessão econômica podem agravar a crise, em vez de resolvê-la.
"A recessão econômica e a desordem fiscal tiveram para nós... consequências sociais e políticas muito graves", afirmou. "O Brasil sabe, por experiência própria, que a dívida soberana dos Estados e as dívidas financeiras dificilmente são equacionadas num cenário de recessão." Dilma garantiu que o Brasil tem feito sua parte para combater a crise internacional, e tem buscado estimular a expansão da economia, com desonerações de impostos e reduzindo a taxa básica de juros, o que, na avaliação da presidente, tem evitado uma valorização excessiva do real.
"O meu país vem fazendo a sua parte, o que nos permitiu desde o início de 2008 diminuir os efeitos da crise global", comentou. "A nossa contribuição nos próximos meses será uma maior aceleração da economia", disse Dilma.
A economia brasileira frustrou as expectativas do governo e do mercado ao crescer apenas 0,6 por cento no terceiro trimestre ante o trimestre imediatamente anterior.
Petróleo e educação
Dilma aproveitou ainda o discurso no exterior para fazer uma defesa da utilização dos recursos da exploração do petróleo em educação, como forma de garantir o crescimento sustentável do país.
O tema é alvo de uma medida provisória enviada pelo governo ao Congresso Nacional em meio à disputa entre Estados produtores e não-produtores de petróleo em torno da distribuição dos royalties resultantes da exploração da commodity.
"(É importante) garantir que todos os ganhos obtidos com a exploração do petróleo e do gás se voltem para a educação no Brasil, porque esse é o melhor caminho", defendeu.
Dilma voltou a criticar o que chamou de "uso abusivo de políticas monetárias" por alguns países no enfrentamento da crise e reiterou a posição brasileira nas discussões globais sobre as mudanças climáticas e a reforma da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Nós queremos ampliar o multilateralismo", disse Dilma. "Hoje há no Conselho de Segurança da ONU um grande desequilíbrio, uma vez que países que emergiram estão subrepresentados." A presidente lembrou do recente anúncio feito pelo Ministério do Meio Ambiente de redução do desmatamento da Amazônia para o menor nível da história e lamentou o resultado da reunião global sobre o clima em Doha, no Catar.
"Mas, apesar de lamentar as limitações que saímos de Doha... vamos seguir empenhados na busca de um consenso mais ousado para fazer frente às mudanças climáticas", prometeu.
São Paulo - A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira a combinação de medidas de austeridade fiscal e de incentivo ao crescimento econômico como receita para superar a atual crise econômica global.
"A responsabilidade fiscal é tão necessária quanto são imprescindíveis as medidas de estímulo ao crescimento", disse a presidente durante discurso no "Fórum pelo progresso social: o crescimento como saída da crise", organizado pelo Instituto Lula e pela Fundação Jean Jaurès, em Paris.
"É muito importante a posição da França nesse momento no sentido de apresentar um caminho claro que combine os dois aspectos fundamentais", elogiou Dilma.
A presidente também defendeu a criação de uma "efetiva união bancária" na zona do euro como passo fundamental para superar a crise econômica na região, e alertou que cortes radicais de gastos que gerem uma recessão econômica podem agravar a crise, em vez de resolvê-la.
"A recessão econômica e a desordem fiscal tiveram para nós... consequências sociais e políticas muito graves", afirmou. "O Brasil sabe, por experiência própria, que a dívida soberana dos Estados e as dívidas financeiras dificilmente são equacionadas num cenário de recessão." Dilma garantiu que o Brasil tem feito sua parte para combater a crise internacional, e tem buscado estimular a expansão da economia, com desonerações de impostos e reduzindo a taxa básica de juros, o que, na avaliação da presidente, tem evitado uma valorização excessiva do real.
"O meu país vem fazendo a sua parte, o que nos permitiu desde o início de 2008 diminuir os efeitos da crise global", comentou. "A nossa contribuição nos próximos meses será uma maior aceleração da economia", disse Dilma.
A economia brasileira frustrou as expectativas do governo e do mercado ao crescer apenas 0,6 por cento no terceiro trimestre ante o trimestre imediatamente anterior.
Petróleo e educação
Dilma aproveitou ainda o discurso no exterior para fazer uma defesa da utilização dos recursos da exploração do petróleo em educação, como forma de garantir o crescimento sustentável do país.
O tema é alvo de uma medida provisória enviada pelo governo ao Congresso Nacional em meio à disputa entre Estados produtores e não-produtores de petróleo em torno da distribuição dos royalties resultantes da exploração da commodity.
"(É importante) garantir que todos os ganhos obtidos com a exploração do petróleo e do gás se voltem para a educação no Brasil, porque esse é o melhor caminho", defendeu.
Dilma voltou a criticar o que chamou de "uso abusivo de políticas monetárias" por alguns países no enfrentamento da crise e reiterou a posição brasileira nas discussões globais sobre as mudanças climáticas e a reforma da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Nós queremos ampliar o multilateralismo", disse Dilma. "Hoje há no Conselho de Segurança da ONU um grande desequilíbrio, uma vez que países que emergiram estão subrepresentados." A presidente lembrou do recente anúncio feito pelo Ministério do Meio Ambiente de redução do desmatamento da Amazônia para o menor nível da história e lamentou o resultado da reunião global sobre o clima em Doha, no Catar.
"Mas, apesar de lamentar as limitações que saímos de Doha... vamos seguir empenhados na busca de um consenso mais ousado para fazer frente às mudanças climáticas", prometeu.