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Brics pedem reforma no FMI e Dilma critica países ricos

As declarações da presidente foram dadas na conferência dos BRICs nesta quinta-feira, em Nova Délhi

O Brasil acusa países ricos de provocarem um "tsunami monetário" ao adotar políticas expansionistas (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de março de 2012 às 09h27.

Nova Délhi - A presidente Dilma Rousseff acusou os países desenvolvidos de prejudicarem outros com políticas monetárias "injustas". As declarações da presidente foram dadas na conferência do grupo de países emergentes Brics nesta quinta-feira, em Nova Délhi, onde líderes do grupo pressionaram as potências ocidentais a ceder mais direitos de voto no Fundo Monetário Internacional (FMI) neste ano.

A política monetária do mundo rico "traz vantagens comerciais enormes para os países desenvolvidos, e resulta em obstáculos injustos para os outros países", disse Dilma.

O Brasil acusa países ricos de provocarem um "tsunami monetário" ao adotar políticas expansionistas, como taxas de juros baixas e programas de compra de títulos.

As políticas têm o objetivo de estimular as economias da Europa e dos Estados Unidos, mas também provocaram uma onda de liquidez global que afetou mercados emergentes como o Brasil, fortalecendo suas moedas e tornando suas economias menos competitivas no exterior.

Em comunicado conjunto, os países que formam os Brics -Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul- pressionaram por mais direitos de voto no FMI.

"Esse processo dinâmico de reforma é necessário para garantir a legitimidade e a efetividade do Fundo", afirmaram os países após o primeiro dia de reunião.

"Realçamos que o esforço contínuo para elever a capacidade de empréstimo do FMI só terá sucesso se houver confiança de que todos os membros da instituição estão verdadeiramente comprometidos em implementar fielmente a Reforma de 2010 ." As mudanças prometidas nos direitos de voto no FMI ainda não foram ratificadas pelos Estados Unidos, ampliando a frustração em relação às reformas do G7 e do Conselho de Segurança da ONU, onde Índia e Brasil pleiteiam há anos assentos permanentes.

Os líderes dos Brics também acusaram países ricos de desestabilizarem a economia mundial cinco anos após a crise financeira global.

"É crítico que economias avançadas adotem políticas macroeconômicas e financeiras responsáveis, evitando a criação de uma liquidez excessiva global, e adotem reformas estruturais para impulsionar o crescimento que crie empregos", disseram eles no comunicado conjunto.


Direitos nucleares do Irã

A declaração afirmou que a crise sobre o programa nuclear do Irã deve ser resolvida de forma diplomática e não se deve permitir que aumente. Houve também reconhecimento do direito do Irã de buscar energia nuclear pacífica.

"Concordamos que uma solução duradoura para os problemas na Síria e no Irã só pode ser encontrada através do diálogo", disse o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh.

Os cinco países que formam os Brics e que juntos respondem por quase metade da população mundial e por um quinto da produção econômica, assinaram um acordo para ampliar as linhas de crédito em suas moedas locais, com o objetivo de reduzir o papel do dólar no comércio entre eles.

O grupo também concordou em examinar com atenção uma proposta indiana para criar um Banco de Desenvolvimento Sul-Sul, liderado pelos Brics, fundado e gerenciado pelos Brics e por outros países em desenvolvimento.

"Instruímos os ministros das finanças a examinarem a proposta e responder na próxima reunião", disse Singh.

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Nova Délhi - A presidente Dilma Rousseff acusou os países desenvolvidos de prejudicarem outros com políticas monetárias "injustas". As declarações da presidente foram dadas na conferência do grupo de países emergentes Brics nesta quinta-feira, em Nova Délhi, onde líderes do grupo pressionaram as potências ocidentais a ceder mais direitos de voto no Fundo Monetário Internacional (FMI) neste ano.

A política monetária do mundo rico "traz vantagens comerciais enormes para os países desenvolvidos, e resulta em obstáculos injustos para os outros países", disse Dilma.

O Brasil acusa países ricos de provocarem um "tsunami monetário" ao adotar políticas expansionistas, como taxas de juros baixas e programas de compra de títulos.

As políticas têm o objetivo de estimular as economias da Europa e dos Estados Unidos, mas também provocaram uma onda de liquidez global que afetou mercados emergentes como o Brasil, fortalecendo suas moedas e tornando suas economias menos competitivas no exterior.

Em comunicado conjunto, os países que formam os Brics -Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul- pressionaram por mais direitos de voto no FMI.

"Esse processo dinâmico de reforma é necessário para garantir a legitimidade e a efetividade do Fundo", afirmaram os países após o primeiro dia de reunião.

"Realçamos que o esforço contínuo para elever a capacidade de empréstimo do FMI só terá sucesso se houver confiança de que todos os membros da instituição estão verdadeiramente comprometidos em implementar fielmente a Reforma de 2010 ." As mudanças prometidas nos direitos de voto no FMI ainda não foram ratificadas pelos Estados Unidos, ampliando a frustração em relação às reformas do G7 e do Conselho de Segurança da ONU, onde Índia e Brasil pleiteiam há anos assentos permanentes.

Os líderes dos Brics também acusaram países ricos de desestabilizarem a economia mundial cinco anos após a crise financeira global.

"É crítico que economias avançadas adotem políticas macroeconômicas e financeiras responsáveis, evitando a criação de uma liquidez excessiva global, e adotem reformas estruturais para impulsionar o crescimento que crie empregos", disseram eles no comunicado conjunto.


Direitos nucleares do Irã

A declaração afirmou que a crise sobre o programa nuclear do Irã deve ser resolvida de forma diplomática e não se deve permitir que aumente. Houve também reconhecimento do direito do Irã de buscar energia nuclear pacífica.

"Concordamos que uma solução duradoura para os problemas na Síria e no Irã só pode ser encontrada através do diálogo", disse o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh.

Os cinco países que formam os Brics e que juntos respondem por quase metade da população mundial e por um quinto da produção econômica, assinaram um acordo para ampliar as linhas de crédito em suas moedas locais, com o objetivo de reduzir o papel do dólar no comércio entre eles.

O grupo também concordou em examinar com atenção uma proposta indiana para criar um Banco de Desenvolvimento Sul-Sul, liderado pelos Brics, fundado e gerenciado pelos Brics e por outros países em desenvolvimento.

"Instruímos os ministros das finanças a examinarem a proposta e responder na próxima reunião", disse Singh.

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