EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h23.
No ano em que o Partido dos Trabalhadores (PT) completa 25 anos, dentre os quais três no poder, não há clima para comemoração. Em vez disso, o PT e seu principal representante, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, passaram o fim de semana em reuniões de emergência, numa tentativa de controlar a pior crise política desde o início da atual gestão.
Segundo o jornal britânico Financial Times, mesmo no melhor cenário ou seja, que as acusações de corrupção não sejam provadas o enfraquecimento do governo e de sua base de aliados será inevitável.
No fim de semana, durante um encontro da liderança petista, houve um forte apelo para que o partido abandone alguns de seus aliados, como o Partido Liberal (PL) e o Partido Progressista (PP), podendo assim retomar seus valores tradicionais de esquerda.
O problema, diz o jornal britânico, é que ao abdicar dos aliados de direita, o presidente Lula irá automaticamente perder sua maioria no Congresso, tornando-se um presidente "pato-manco", expressão em inglês utilizada para descrever representantes de governo sem poder algum.
Apesar dos problemas políticos, o país parece longe de uma crise econômica. Segundo o Financial Times, o mercado financeiro parece não estar muito preocupado com o desenrolar das acusações contra do governo brasileiro.