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Desocupação em setembro pára de crescer; salário ainda cai

Levantamento feito pelo IBGE mostra que a variação da desocupação de setembro (12,9%) em relação a agosto (13%) não foi estatisticamente significativa, mas houve aumento de 1,4 ponto percentual em relação a setembro do ano passado (11,5%). Rendimento médio habitual caiu 2,4% em relação a agosto. Na comparação com setembro de 2002, a queda foi […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h44.

Levantamento feito pelo IBGE mostra que a variação da desocupação de setembro (12,9%) em relação a agosto (13%) não foi estatisticamente significativa, mas houve aumento de 1,4 ponto percentual em relação a setembro do ano passado (11,5%). Rendimento médio habitual caiu 2,4% em relação a agosto. Na comparação com setembro de 2002, a queda foi de 14,6%, com destaque para os trabalhadores por conta própria, que tiveram perda real de 19,8% no rendimento na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

A Pesquisa Mensal de Emprego calcula em 36.947 mil o total de pessoas em idade ativa, ou seja, com 10 anos ou mais de idade. Na comparação com agosto de 2003, não houve variação. Entretanto, em relação a setembro de 2002, houve variação de 1,8%, o que significa um aumento de 667 mil pessoas em idade ativa no total das seis regiões metropolitanas pesquisadas.

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A pesquisa apontou um contingente de 21.485 mil pessoas economicamente ativas (voltadas para o mercado de trabalho), o que indica um aumento de 1,1% em relação ao mês passado. Já na comparação com setembro de 2002, a variação chegou a 6,1%, representando um aumento de aproximadamente 1.228 mil pessoas no mercado de trabalho nas seis regiões metropolitanas pesquisadas. Houve aumento de 4,7% no total de homens economicamente ativos e, entre as mulheres economicamente ativas, o crescimento foi ainda mais significativo (7,8%). Parte considerável deste aumento, tanto dos homens quanto das mulheres, reflete a volta de pessoas não economicamente ativas para o mercado de trabalho.

O indicador que mede a proporção de pessoas economicamente ativas em relação ao número de pessoas de 10 anos ou mais de idade (taxa de atividade), ficou em torno de 58,2% no mês de setembro de 2003. Isto significa um aumento de 0,7 ponto percentual na comparação com agosto de 2003, quando o indicador foi estimado em 57,5%. Em setembro do ano passado, a taxa de atividade foi estimada em 55,8%, ou seja, 2,4 pontos percentuais menor do que a atual.

Pessoas ocupadas

Em setembro, havia 18.704 mil pessoas trabalhando nas seis regiões metropolitanas pesquisadas, o que representa um aumento de 1,2% em relação a agosto. Já na comparação com setembro de 2002, a expansão deste indicador foi bem mais expressiva (4,3%), apontando mais 772 mil pessoas ligadas ao mercado de trabalho.

Segundo o IBGE, o mercado de trabalho continuou apresentando sinais de informalização, absorvendo um contingente considerável de trabalhadores sem registro na carteira de trabalho. Este número aumentou 2,3% em relação a agosto e 8,7% na comparação com setembro de 2002, o que representa, neste caso, um aumento de 334 mil pessoas no total das seis regiões pesquisadas.

Outra forma de inserção no mercado de trabalho são as pessoas que trabalham explorando o seu próprio empreendimento, os chamados "trabalhadores por conta própria". Essa categoria apresentado crescimento contínuo e, sem dúvida, foi a que mais absorveu mão-de-obra nos últimos meses. A variação mensal chegou a 2,3%, enquanto que, na comparação anual, a variação foi de 11,1%, o que significa um aumento de 382 mil pessoas no total das seis regiões pesquisadas. O total de pessoas com registro em carteira não variou.

Pessoas desocupadas

Apesar do crescimento da ocupação, esta expansão não foi suficiente para absorver toda a demanda por postos de trabalho nas seis regiões metropolitanas pesquisadas, restando um saldo de 2.781 mil pessoas desocupadas. Em relação a agosto de 2003, o número de pessoas desocupadas não variou significativamente, mas, na comparação com setembro de 2002, a variação chega a 19,6%, o que significa um aumento de 456 mil pessoas buscando por trabalho.

Pessoas não economicamente ativas

Em setembro, a pesquisa do IBGE registrou um contingente de 15.462 mil pessoas não economicamente ativas nas seis regiões metropolitanas investigadas, uma queda de 1,4% em relação ao mês passado. Na comparação com setembro de 2002, a queda foi ainda maior (-3,5%), uma redução de 561 mil pessoas neste segmento da população.

Renda média

Em setembro, o rendimento médio real das pessoas ocupadas ficou em R$ 834,20, aproximadamente 3,5 salários mínimos. Em relação a agosto deste ano, caiu 2,4% e, em relação a setembro do ano passado, a queda foi de 14,6%, o que representa uma queda de aproximadamente 0,5 salário mínimo no rendimento médio.

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