Economia

Desocupação em fevereiro sobe para 11,6%, mas é menor que a de 2002

Devido à sazonalidade, a taxa superou ligeiramente os 11,2% de janeiro último e atingiu 11,6% em fevereiro deste ano, segundo levantamento mensal de emprego feito pelo IBGE. Mesmo com a leve alta, a taxa de desocupação foi menor que a obtida no mesmo mês do ano passado: 12,5% de fevereiro de 2002. Analistas de mercado […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h03.

Devido à sazonalidade, a taxa superou ligeiramente os 11,2% de janeiro último e atingiu 11,6% em fevereiro deste ano, segundo levantamento mensal de emprego feito pelo IBGE. Mesmo com a leve alta, a taxa de desocupação foi menor que a obtida no mesmo mês do ano passado: 12,5% de fevereiro de 2002. Analistas de mercado consultados pelo Portal EXAME estimaram que a taxa ficaria entre 11% e 12,7%.

"Em relação a janeiro, o número de desocupados cresceu 4,1% e o de ocupados ficou praticamente estável (-0,1%). O rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas em fevereiro ficou estável e o efetivamente recebido caiu 16,9%, de dezembro de 2002 para janeiro de 2003, devido, também, à sazonalidade", afirmou o IBGE.

A Pesquisa Mensal de Emprego realizada no mês de fevereiro deste ano estimou que 18,2 milhões de pessoas estavam ocupadas e 2,4 milhões estavam desocupadas nas seis maiores regiões metropolitanas do país. A taxa de ocupação situou-se em 88,4%. A taxa de desocupação foi 11,6% e cresceu ligeiramente em relação a janeiro, mantendo um comportamento sazonal típico, como mostra o gráfico a seguir. A taxa de desocupação ficou praticamente estável para os homens (9,4% para 9,5%) e cresceu para as mulheres (13,5% para 14,2%).

Os resultados por Região Metropolitana mostram ligeiro crescimento da taxa de desocupação em cinco das seis regiões pesquisadas. A variação mais expressiva ocorreu em Porto Alegre: de 7,9% em janeiro para 8,6% em fevereiro. Nas demais regiões, a taxa atingiu 15,0% em Salvador, 13,6% em São Paulo, 12,1% em Recife, 10,1% em Belo Horizonte e 8,6% no Rio de Janeiro. Salvador, com taxa de 15,2% em janeiro, foi a única região metropolitana onde não houve crescimento.

O número de pessoas economicamente ativas, nas seis regiões metropolitanas (20,6 milhões), aumentou 0,3% de janeiro para fevereiro deste ano. O contingente de pessoas ocupadas não se alterou significativamente (-0,1%) e o de pessoas desocupadas aumentou 4,1%. Regionalmente, o número de pessoas ocupadas cresceu em Recife (1,0%), São Paulo e Porto Alegre (0,2%) e declinou em Salvador (-1,1%), no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte (em torno de -0,5%).

O crescimento do número de empregados com carteira de trabalho assinada (1,1%), de trabalhadores por conta própria (0,8%) e de empregadores (0,8%) foi praticamente anulado pela queda do número de empregados sem carteira de trabalho assinada (-2,1%). Considerando os grupamentos de atividade, dentre aqueles que apresentaram variações positivas destacaram-se os serviços domésticos (3,0%) e o formado pelo comércio, reparação de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (1,3%).

A queda mais expressiva ocorreu no grupamento de outras atividades (-15,8%), seguida da indústria extrativa de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (-2,5%). A participação das pessoas do grupamento de outras atividades no total das ocupadas foi residual (0,7% em fevereiro deste ano). Já no setor privado, aumentou o número de empregados com carteira de trabalho assinada (0,9%) e caiu o de empregados sem carteira de trabalho assinada (-3,1%).

O rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas em fevereiro, nas seis regiões (R$ 849,50), manteve-se constante em relação ao mês anterior. O crescimento verificado para os empregados com e sem carteira de trabalho assinada (1,3% e 0,9%, respectivamente) foi anulado pelo declínio no rendimento dos trabalhadores por conta própria (-4,9%).

Regionalmente, verificou-se crescimento do rendimento no Rio de Janeiro (6,5%), Recife (4,1%) e Porto Alegre (0,7%) e queda em Salvador (-7,6%), São Paulo (-2,2%) e Belo Horizonte (-1,6%).

O rendimento médio real efetivamente recebido em janeiro deste ano (R$ 878,09) pelas pessoas ocupadas apresentou queda de 16,9% em relação a dezembro do ano passado. Esta variação resultou da queda no rendimento das três principais categorias de ocupação: empregados com carteira de trabalho assinada (-22,4%), empregados sem carteira de trabalho assinada (-10,8%) e trabalhadores por conta própria (-9,6%).

Boa parte da variação do rendimento médio efetivo de dezembro para janeiro deve-se à sazonalidade do indicador, que tende a aumentar com as gratificações de final do ano. Nas regiões metropolitanas, a queda foi generalizada: Belo Horizonte

(-20,2%), São Paulo (-19,8%), Salvador (-18,0%), Recife (-13,0%), Rio de Janeiro (-11,8%) e Porto Alegre (-7,9%).

O número de pessoas não economicamente ativas em fevereiro (16,1 milhões) manteve-se constante em relação a janeiro deste ano. Nesse contingente, caiu o número de pessoas que gostariam e estavam disponíveis para trabalhar (-9,7%) e o de pessoas marginalmente ligadas à população economicamente ativa (-14,4%). O crescimento do número de pessoas não economicamente ativas no Rio de Janeiro (1,7%), Salvador (1,5%) e em Belo Horizonte (1,1%) foi neutralizado pelo declínio em Recife e São Paulo (em torno de -1,5%). Em Porto Alegre o indicador manteve-se praticamente constante (-0,1%).

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