Exame Logo

Desemprego no Brasil fechou 2013 em 7,1%, segundo IBGE

No terceiro trimestre do ano passado, a taxa média foi de 6,9%

Desemprego: taxa de desemprego no ano passado foi maior do que a anunciada anteriormente através da Pesquisa Mensal de Emprego (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2014 às 09h27.

Rio de Janeiro - O Brasil registrou taxa média de desemprego de 7,1 por cento em 2013, ante 7,4 por cento em 2012, segundo a nova pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) sobre o mercado de trabalho, a PNAD Contínua, divulgada nesta quinta-feira.

No terceiro trimestre do ano passado, a taxa média foi de 6,9 por cento, caindo para 6,2 por cento em média nos últimos três meses do ano.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua mostra assim que a taxa de desemprego no ano passado foi maior do que a anunciada anteriormente através da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), de 5,4 por cento na média, menor nível histórico.

A nova pesquisa tem maior abrangência nacional e será trimestral, enquanto a PME leva em consideração dados apurados em apenas seis regiões metropolitanas do país, e a ideia é que esta última seja substituída.

O ano passado foi marcado por baixos níveis de desemprego, apesar da fraqueza da economia, favorecendo o desempenho do consumo no país e o setor de serviços.

Os primeiros dados da PNAD Contínua sobre este ano, referentes ao primeiro trimestre, serão divulgados em 3 de junho, de acordo com o IBGE.

Já o dado mais recente da PME mostra que a taxa de desemprego no Brasil subiu a 5,1 por cento em fevereiro, segundo mês de alta.

Em ano de eleição em que a presidente Dilma Rousseff vai tentar o segundo mandato, o governo conta com o bom desempenho do mercado de trabalho como ponto positivo diante da economia fraca e da inflação alta.

São Paulo - A Organização Internacional do Trabalho ( OI T ) projeta que, em 2018, o desemprego entre os jovens será de 12,8% e as diferenças regionais devem aumentar. É isso que a OIT afirma em seu relatório “Global employment trends for youth – a generation at risk” (tendências de emprego globais para os jovens – uma geração em risco) divulgado nesse mês.Desde um aumento sem precendentes no desemprego entre jovens entre 2008 e 2009, o desemprego global entre jovens segue em níveis muito altos, segundo a OIT. Entre 2009 e 2011, a taxa caiu de 12,7% para 12,3% e depois subiu para 12,4% em 2012 e continuou a crescer 12,6% nesse ano, segundo projeções da organização. Na comparação com os adultos, a situação dos jovens no mercado de trabalho segue desvantajosa. Enquanto, globalmente, a taxa de desemprego entre adultos pouco mudou – a projeção para 2013 é de 2,7% - entre os jovens, a probabilidade de estar desempregado é quase três vezes maior que a dos adultos. A OIT não espera que a gradual aceleração da economia no médio-prazo resulte em melhorias na possibilidade de trabalho para jovens no nível global. Veja o comportamento do desemprego entre jovens na última década em nove regiões, segundo a divisão da OIT, e a projeção para a taxa em 2018.
  • 2. América Latina e Caribe

    2 /11(Getty Images)

  • Veja também

    Na região, o forte crescimento econômico melhorou as condições sociais e de trabalho, mas os jovens não parecem ter se beneficiado completamente disso, segundo o relatório. A projeção para 2018 é de que a taxa de desemprego entre os jovens seja de 13,6%, sendo 11,2% entre os homens e 17,0% entre as mulheres. Em 2008, a taxa foi parecida, 13,5%. Nesses dez anos, a maior taxa foi a de 2009, 15,4%, sendo que, entre 1998 e 2008, o desemprego na região caiu 7,4%.
  • 3. Economias desenvolvidas e União Europeia

    3 /11(Getty Images)

  • A projeção de desemprego entre jovens é de 15,9% em 2018 sendo que dez anos antes, a taxa foi de 13,3%. A mais elevada nessa década foi 18,1% em 2010 e 2012 (projeção). Na década anterior, o desemprego na região caiu 12,3%. A projeção para 2018 é de 16,5% para os homens e 15,1% para as mulheres.
    .
  • 4. Europa central e sudeste e CIS (Commonwealth of Independent States)

    4 /11(Getty Images)

    A projeção para a taxa de desemprego entre jovens em 2018 é de 18,0% - a mesma para os anos anteriores desde 2013. Em 2008 a taxa foi de 17,0%. Nesse intervalo de dez anos, a maior taxa foi 20,4%, em 2009. Para homens jovens, a projeção de desemprego em 2018 é de 17,7%, para as mulheres é um pouco maior, 18,3%. Entre 1998 e 2008, o desemprego na região caiu 21,3%.
  • 5. Leste Asiático

    5 /11(Getty Images)

    Entre 1998 e 2008, o desemprego na região caiu 5,4%, mas, desde a crise econômica em 2008 e 2009, o desemprego entre jovens está em um nível mais alto na região. Em 2007, a taxa de desemprego entre jovens na região foi de 7,9% mas, desde 2008, a taxa está perto de 9,0% - em 2008, a taxa foi de 9,1%. Para 2018, a expectativa é de uma taxa de 10,5%, sendo 12,4% para homens e 8,4% para mulheres. No período, a maior projeção nos 10 anos é a de 2018.
  • 6. Sudeste asiático e Pacífico

    6 /11(Getty Images)

    Entre 1998 e 2008, o desemprego na região subiu 23,7%. Os jovens dessa região estão cerca de cinco vezes mais propensos ao desemprego que os adultos. A projeção para desemprego de jovens em 2018 é de 14,3%, sendo 13,5% entre homens e 15,3% entre mulheres. A maior taxa em 10 anos foi a de 2008, de 14,4%.
  • 7. Sul da Ásia

    7 /11(Getty Images)

    Um em cada dez jovens economicamente ativos no Sul da Ásia está desempregado, segundo o estudo. A projeção para 2018 é de taxa de 9,8% - sendo maior entre as mulheres, 10,5% e de 9,6% entre os homens. Em 2008 a taxa era de 8,5%. Entre 1998 e 2008, o desemprego na região subiu 2,3%. A taxa de desemprego no Sul da Ásia também tende a se elevar pelo nível de educação, que está ligado, em parte, à renda da família. Na última década, a maior taxa será registrada em 2017 e 2018, segundo as projeções, 9,8%.
  • 8. Oriente Médio

    8 /11(Getty Images)

    O Oriente Médio tem, entre todas as regiões, a maior taxa de desemprego entre os jovens. Mais de um em quatro jovens economicamente ativos está desempregado. A projeção para 2018 é 30,0% e é bem diferente entre homens e mulheres, sendo 25,8% para homens e 44,7% para mulheres. Em 2008, a taxa era de 25,3%. Nesses dez anos, a maior porcentagem é de 2017 e 2018, os 30%. Entre 1998 e 2008, o desemprego na região subiu 31,1%.
  • 9. Norte da África

    9 /11(Getty Images)

    A taxa para 2018 será de 23,9% - em 2008 era de 20,3%. Também há uma grande diferença entre as projeções para homens e mulheres em 2018. A projeção para as mulheres é de 35,8%, para os homens, 18,8%. Nos dez anos, a maior taxa foi de 24,0% em 2016 e 2017. A participação dos jovens no total de desempregados na região, no entanto, está diminuindo – mas isso se deve a mudanças demográficas– a participação dos jovens no total da população está caindo. Entre 1998 e 2008, o desemprego entre jovens na região caiu 7,2%.
  • 10. África sub-saariana

    10 /11(Getty Images)

    A taxa de desemprego entre jovens na região é maior do que a entre adultos. Entre 1998 e 2008, o desemprego na região subiu 21,0%. A projeção para 2018 é de desemprego entre jovens em 11,7%, muito parecida com a de dez anos atrás, 11,8% em 2008, a taxa mais alta nesses dez anos, que se repetiu em 2009, 2010 e 2012. Para 2018, a expectativa é parecida para homens e mulheres, sendo 10,9% para homens e 12,5% para mulheres.
  • 11. Veja também projeções de crescimento da economia para daqui a 5 anos

    11 /11(Kay Nietfeld/Corbis/Latin Stock)

  • Acompanhe tudo sobre:DesempregoEstatísticasIBGEMercado de trabalho

    Mais lidas

    exame no whatsapp

    Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

    Inscreva-se

    Mais de Economia

    Mais na Exame