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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h54.
O nível de desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou estável em maio tanto em relação a abril quanto em relação ao mesmo mês de 2005. A taxa de desocupação apurada foi de 10,2%, a mesma registrada em maio do ano passado e a menor para o mês de toda a série do estudo. Em abril, a taxa havia sido de 10,4%, com uma diferença para maio considerada insignificante estatisticamente pelo IBGE.
O número de ocupados nas regiões de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife, Salvador e Belo Horizonte ficou em 20 milhões, patamar que também mostrou estabilidade na comparação com o mês anterior e com maio do ano passado. O nível de ocupação, no entanto, que apura a proporção de pessoas ocupadas frente à população em idade ativa - caiu 0,6 ponto percentual na comparação com o mesmo período de 2005, atingindo 50,6%. O patamar ficou estável frente a abril.
Para aqueles que estão trabalhando, o rendimento médio conseguido ficou em 1 027,80 reais em maio. Na comparação com abril, o valor representou um ganho de 1,3%, ou 13,57 reais. Frente ao apurado há um ano, o rendimento ficou 7,7%, ou 60,18 reais, maior.
Apenas Recife registrou variação significativa no nível de desemprego na comparação de maio com abril - a taxa de desocupação caiu de 16,5% para 15%. A capital pernambucana teve ainda oscilação no patamar frente a maio de 2005, mês em que a parcela de desempregados foi de 12,8%. Em Salvador, também houve mudanças significativas no nível de desemprego contra maio: uma queda de 15,9% para 13,%.
Nas outras regiões apuradas, a taxa de desocupação foi de 8,6% no Rio de Janeiro, 8,3% em Porto Alegre, 8,5% em Belo Horizonte e 10,5% em São Paulo - nestas duas últimas, o nível é o mais baixo já apurado para o mês na série histórica do IBGE.
Formalização
A pesquisa do IBGE aponta ainda um crescimento de 3,8%, em um ano, no número de empregados com carteira assinada no setor privado. Eles constituíram em maio 41,7% do total da população ocupada.
Em contrapartida, caiu em 6,8% no mesmo período o contingente de trabalhadores sem carteira assinada, que constituem 14,5% dos ocupados. Não houve mudança no número daqueles que trabalham por conta própria, 19,1% do total.
Distribuição
Em maio, os ramos de atividade pesquisados pelo IBGE não mostraram variações no nível de emprego, à exceção de serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, que registraram alta de 6,3% na mão-de-obra entre maio de 2005 e maio de 2006.
No geral, a maior parcela - 19,5% - da população ocupada se concentrou no setor de comércio, reparação de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos, e no comércio de combustíveis. Em segundo lugar como maior setor empregador ficou a indústria (extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água), com 17,4% dos ocupados.