Desaceleração chinesa prejudicaria Brasil e Chile, diz Fitch
Este não é o principal cenário com o qual a agência de classificação de risco trabalha
Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2016 às 14h27.
São Paulo - Uma desaceleração mais forte do que a prevista na economia da China afetaria negativamente os ratings soberanos e de empresas de países latino-americanos exportadores de commodities com grandes laços comerciais com a nação asiática, afirmou hoje a agência de classificação de risco Fitch .
Segundo um relatório da Fitch, uma forte desaceleração na China, que afetaria principalmente os investimentos e o consumo, poderia fazer o crescimento médio do país ficar em 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) entre 2016 e 2018.
Este não é o principal cenário com o qual a agência de classificação de risco trabalha. Ele testa, no entanto, as conexões de crédito entre a China e o resto do mundo.
O modelo mostra que, em caso de um "pouso forçado" da economia chinesa, os exportadores de commodities da América Latina seriam bastante afetados, dada a extensão dos laços com o gigante asiático.
O mais afetado deles seria o Chile, país mais exposto à China na região. Cerca de 7% do PIB chileno vem de exportações ao parceiro asiático, principalmente de cobre.
No caso do Brasil, os efeitos seriam mais sentidos através da queda do comércio, dos preços das commodities, da confiança e das saídas de capital.
"O Brasil tem elevado sua exposição às exportações chinesas nos últimos anos (cerca de 20% das exportações), com minério de ferro, soja, petróleo e celulose como seus produtos principais", diz o relatório da Fitch.
"Uma forte desaceleração da China atingiria os preços das commodities, principalmente do petróleo, e as exportações brasileiras de um modo geral, já que as commodities representam cerca de 50% do que o país vende ao exterior".
São Paulo - Uma desaceleração mais forte do que a prevista na economia da China afetaria negativamente os ratings soberanos e de empresas de países latino-americanos exportadores de commodities com grandes laços comerciais com a nação asiática, afirmou hoje a agência de classificação de risco Fitch .
Segundo um relatório da Fitch, uma forte desaceleração na China, que afetaria principalmente os investimentos e o consumo, poderia fazer o crescimento médio do país ficar em 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) entre 2016 e 2018.
Este não é o principal cenário com o qual a agência de classificação de risco trabalha. Ele testa, no entanto, as conexões de crédito entre a China e o resto do mundo.
O modelo mostra que, em caso de um "pouso forçado" da economia chinesa, os exportadores de commodities da América Latina seriam bastante afetados, dada a extensão dos laços com o gigante asiático.
O mais afetado deles seria o Chile, país mais exposto à China na região. Cerca de 7% do PIB chileno vem de exportações ao parceiro asiático, principalmente de cobre.
No caso do Brasil, os efeitos seriam mais sentidos através da queda do comércio, dos preços das commodities, da confiança e das saídas de capital.
"O Brasil tem elevado sua exposição às exportações chinesas nos últimos anos (cerca de 20% das exportações), com minério de ferro, soja, petróleo e celulose como seus produtos principais", diz o relatório da Fitch.
"Uma forte desaceleração da China atingiria os preços das commodities, principalmente do petróleo, e as exportações brasileiras de um modo geral, já que as commodities representam cerca de 50% do que o país vende ao exterior".