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Depois de Dilma, agora é Mantega quem nega tarifaço em 2015

Em entrevista para o Estadão, ministro da Fazenda afirmou que não haverá aumento generalizado das tarifas no ano que vem

Guido Mantega, ministro da Fazenda, acredita que economia vive "ponto de inflexão" (Marcelo Camargo/ABr)

João Pedro Caleiro

Publicado em 1 de agosto de 2014 às 13h18.

São Paulo - Não haverá "tarifaço" em 2015, de acordo com Guido Mantega .

Em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal O Estado de São Paulo, o ministro da Fazenda negou que um aumento generalizado de tarifas esteja planejado para depois das eleições:

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"Essa história de que não reajustamos as tarifas é conversa pra boi dormir (...) Os reajustes ordinários de energia elétrica também estão ocorrendo. Tudo está normal. Então, não procede a ideia de que haja necessidade de tarifaço. Sei que eu não faria nenhum tarifaço em 2015."

Em evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI) essa semana, a presidente Dilma Rousseff também negou a hipótese e disse que ela foi criada para causar "expectativa negativa no momento pré-eleitoral".

De acordo com relatório lançado hoje pelo JP Morgan, a crise no setor elétrico causou um custo extra de R$ 66 bilhões e a conta do consumidor pode subir até 29% no ano que vem.

O Ministério de Minas e Energia afirma que o aumento será escalonado ao longo dos próximos 3 anos: 2,6% em 2015, 5,5% em 2016 e 1,4% em 2017. Já a Aneel prevê uma alta de 8% nos próximos 2 anos.

A consultoria Tendências trabalha com uma estimativa de aumento de 17% na energia elétrica em 2015.

Cenário

Na entrevista ao Estadão, Mantega também disse que a Argentina não está dando calote e que o problema no vizinho "não tem impacto nenhum" aqui por enquanto.

Ele também acredita que há no Brasil um "pessimismo artificial" gerado por "fatores extraeconômicos".

Depois do governo registrar seu pior resultado da história em contas públicas para o mês de junho, o ministro afirma que "as despesas não estão fora de controle, as receitas que frustraram por conta do ritmo da economia no primeiro semestre".

Ele diz que "estamos num ponto de inflexão" e que o segundo semestre será melhor do que o primeiro graças a fatores como queda na inflação, melhora na Bolsa, mais otimismo dos consumidores, menor restrição de crédito e um melhor cenário internacional.

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