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Denúncias contra Meirelles não tiram tranqüilidade do mercado

Bolsa em alta, dólar e risco-país em queda são sinais de que o mercado isolou a crise política do bom momento da economia

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h31.

As denúncias contra o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, não foram suficientes para abalar a credibilidade do mercado na política econômica do governo. A avaliação é que a economia, hoje, é conduzida de modo despersonalizado e mesmo a eventual queda de Meirelles não alterará os rumos já traçados. "Quando se faz uma análise serena da situação, percebe-se que não há risco de ruptura econômica", afirma o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega , sócio da Tendências Consultoria.

A confiança dos agentes econômicos também é expressa em números. Nesta sexta-feira, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 1,5%, atingindo 21 653 pontos, enquanto o índice Dow Jones recuou 1,48%. O dólar comercial encerrou a sexta-feira em queda de 1,21%, vendido por 3,033 reais e comprado por 3,031 reais. E o humor dos investidores estrangeiros pôde ser medido pela valorização do C-Bond, principal título da dívida pública comercializado no exterior. Os papéis se valorizaram 2,28%.

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"O mercado espera que as denúncias contra o Meirelles não prosperem e, até agora, ele tem sido bem sucedido à frente do Banco Central", afirma o economista-chefe do ABN Amro Real, Mário Mesquita. Para ele, o cenário interno foi mais pressionado, nesta semana, pela conjuntura internacional, como a instabilidade do preço do petróleo, do que pela crise política abertura pelas denúncias. "O mercado tem sido muito sensível às notícias do exterior nas últimas semanas", diz.

A opinião é compartilhada pelos analistas da Faculdade Trevisan, ligada à consultoria homônima. Segundo relatório divulgado nesta semana ( clique aqui e leia mais ), "as denúncias não deverão suscitar nenhuma crise política significativa ou abalar a confiança do mercado, mesmo admitindo a hipótese, no momento remota, de afastamento de Meirelles da presidência do BC."

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