Demais agências de classificação risco devem seguir S&P
O estrategista chefe do Crédit Agricole, Vladimir Caramaschi afirma que Fitch e Moody's podem ser as próximas a se posicionar sobre situação econômica do Brasil
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2015 às 14h16.
São Paulo - O rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela Standard & Poor's (S&P) na quarta-feira, 9, deve influenciar as demais agências que ainda classificam o país como grau de investimento, avaliou nesta quinta-feira, 10, o estrategista chefe do Crédit Agricole, Vladimir Caramaschi.
Ele prevê que as agências Fitch e Moody's devem seguir o rumo da S&P e pelo menos uma delas deve rebaixar o Brasil ainda este ano.
"Acredito que a Fitch, que ainda está dois degraus acima (do grau de investimento), deve se posicionar logo, pois está totalmente incompatível tanto em relação aos indicadores fundamentais da economia e quanto de onde o mercado está colocando os preços", afirmou.
Segundo ele, o mercado já deve começar a precificar o rebaixamento pelas outras agências. "Ninguém vai se apegar ao fato de duas ainda não terem rebaixado o Brasil", justificou.
Camaraschi avaliou que a decisão da S&P "veio até tarde demais", pois o Brasil já estava sendo negociado até bem abaixo de patamares de países considerados junks "há bastante tempo".
"Na avaliação do mercado, a S&P agiu com cautela", disse. Para o economista, um dos aspectos que chamaram a atenção foi a manutenção do outlook negativo pela agência, o que sinaliza a possibilidade de novo downgrade pela S&P no médio prazo.
São Paulo - O rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela Standard & Poor's (S&P) na quarta-feira, 9, deve influenciar as demais agências que ainda classificam o país como grau de investimento, avaliou nesta quinta-feira, 10, o estrategista chefe do Crédit Agricole, Vladimir Caramaschi.
Ele prevê que as agências Fitch e Moody's devem seguir o rumo da S&P e pelo menos uma delas deve rebaixar o Brasil ainda este ano.
"Acredito que a Fitch, que ainda está dois degraus acima (do grau de investimento), deve se posicionar logo, pois está totalmente incompatível tanto em relação aos indicadores fundamentais da economia e quanto de onde o mercado está colocando os preços", afirmou.
Segundo ele, o mercado já deve começar a precificar o rebaixamento pelas outras agências. "Ninguém vai se apegar ao fato de duas ainda não terem rebaixado o Brasil", justificou.
Camaraschi avaliou que a decisão da S&P "veio até tarde demais", pois o Brasil já estava sendo negociado até bem abaixo de patamares de países considerados junks "há bastante tempo".
"Na avaliação do mercado, a S&P agiu com cautela", disse. Para o economista, um dos aspectos que chamaram a atenção foi a manutenção do outlook negativo pela agência, o que sinaliza a possibilidade de novo downgrade pela S&P no médio prazo.