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Déficit não aumentará com corte de impostos, diz França

O otimismo do governo socialista acerca da economia e das finanças antes das eleições presidenciais em 2017 atraiu críticas de líderes da oposição conservadora

França: "a credibilidade da França manter a palavra está em jogo", argumentou o ministro das Finanças, Michel Sapin (Dan Kitwood/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2016 às 15h40.

Paris - O ministro das Finanças da França , Michel Sapin, disse nesta terça-feira que os cortes de impostos e gastos extras no campo de defesa, segurança e emprego aos jovens não vão aumentar o déficit no último orçamento do presidente francês, François Hollande , antes das eleições presidenciais.

De acordo com Sapin, o orçamento de 2017 levaria o déficit para 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 a partir de uma previsão de 3,3% para este ano, apesar dos 9 bilhões de euros (US$ 10 bilhões) em gastos adicionais anunciado anteriormente.

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O otimismo do governo socialista acerca da economia e das finanças antes das eleições presidenciais em 2017 atraiu críticas de líderes da oposição conservadora.

Candidatos nas primárias de centro-direita previram que o déficit orçamentário vai crescer no próximo ano após as promessas de Hollande de financiar ações de formação para os jovens e aumentar a segurança e os gastos militares após uma série de ataques terroristas na França.

Sapin disse hoje que o gasto extra será financiado por cortes no orçamento da administração da segurança social, por custos da dívida mais baixos do que o esperado, o crescimento mais lento nos gastos das autoridades locais, além de fazer avançar o pagamento de alguns impostos pelas maiores empresas do país. No geral, a carga fiscal da França, em 44,5% do PIB permanecerá em 2017.

Na apresentação do orçamento nesta terça-feira, Sapin colocou de lado as preocupações dos líderes da oposição. Ao invés disso, ele disse que as propostas de alguns candidatos nas primárias de cortar impostos para estimular o crescimento no próximo ano iria inviabilizar as finanças públicas da França.

"A credibilidade da França manter a palavra está em jogo", argumentou Sapin. "Seria dramático se os nossos esforços forem eliminados com alguns meses de irresponsabilidade". Fonte: Dow Jones Newswires.

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